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BC aumenta previsão da dívida pública
Setor público tem superavit de R$ 7,5 bi em maio; governo já atingiu 55% da meta anual
DE BRASÍLIA
O Banco Central aumentou a previsão para a dívida
pública no final de 2011, que
deve ficar em 39% do PIB
(Produto Interno Bruto), em
vez dos 38% projetados três
meses atrás.
A mudança se deve à expectativa de um dólar mais
baixo no fim do ano, de acordo com a previsão do mercado coletada pelo BC. Desde
março, a previsão passou de
R$ 1,70 para R$ 1,60.
Como o Brasil tem mais ativos em dólar do que dívidas,
principalmente por causa
das reservas internacionais,
a desvalorização da moeda
estrangeira aumenta a dívida
líquida do setor público.
Em maio, o endividamento chegou a R$ 1,53 trilhão,
39,8% do PIB, mesmo patamar registrado em abril.
No ano, a relação dívida/
PIB registrou redução de 0,4
ponto percentual. O superavit primário e o efeito do crescimento do PIB tiveram praticamente o mesmo peso na redução. A queda só não foi
maior devido ao aumento
nos juros e ao efeito da apreciação cambial de 5,2% registrada no período.
Ontem, o BC informou que
as contas do setor público registraram superavit de R$ 7,5
bilhões em maio. O número
inclui os resultados de
União, Estados e municípios.
No ano, a economia para
pagar os juros da dívida soma R$ 64,8 bilhões, quase o
dobro do registrado no mesmo período do ano passado.
O valor também representa
55% da meta para o ano, que
é de R$ 117,9 bilhões.
Em 12 meses, o resultado
chega a R$ 126 bilhões
(3,29% do PIB).
Esse último número está
influenciado, no entanto,
por manobras contábeis feitas pelo governo federal no final de 2010 para cumprir a
meta do ano passado sem
precisar cortar gastos.
(EDUARDO CUCOLO E LORENNA RODRIGUES)
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