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TSE nega recurso e
barra candidatura de
Roriz por "ficha suja"
Candidato ao governo do DF pode recorrer ao STF e continuar na disputa até julgamento
FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA
O TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) confirmou ontem,
por 6 a 1, que o candidato ao
governo do Distrito Federal
Joaquim Roriz (PSC) é "ficha
suja" e não pode concorrer
nas eleições deste ano.
Os ministros entenderam
que a Lei da Ficha Limpa vale
para quem já renunciou, inclusive para alguém, como
Roriz, que o fez antes da promulgação da legislação.
"Já vem de longe a preocupação de que a renúncia pudesse ser utilizada para escapar da cassação", disse o relator, Arnaldo Versiani.
Roriz está em situação de
empate técnico com o candidato petista Agnelo Queiróz
nas pesquisas de voto para o
governo do DF.
O candidato ainda poderá
recorrer ao STF (Supremo
Tribunal Federal), alegando
que a lei é inconstitucional.
Ele continuará no páreo
até que o STF julgue seu recurso. Se eleito, poderá ser
cassado já no exercício de
mandato, caso o tribunal não
julgue o recurso até a eleição.
Roriz foi barrado por ter renunciado ao cargo de senador, em 2007, para escapar
de processo de cassação.
Ele era acusado de ter quebrado decoro parlamentar,
após ter sido flagrado em
conversa telefônica, discutindo a partilha de cheque de
R$ 2 milhões. Roriz alega que
se tratava de uma discussão
para comprar uma bezerra.
Foi a primeira vez que o tribunal analisou caso específico de alguém que renunciou
para evitar cassação.
O advogado de Roriz, Pedro Gordilho, afirmou que a
lei não poderia retroagir para
prejudicar seu cliente. Também argumentou que, quando renunciou, Roriz não conhecia o teor da representação que pedia sua cassação.
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