São Paulo, quarta-feira, 01 de setembro de 2010

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

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O "Jornal Nacional" havia terminado e ainda corria o horário eleitoral para presidente quando apareceu na manchete on-line do "Estado de S. Paulo", "Sigilo fiscal de filha de Serra foi violado, diz Receita", e em seguida na Folha.com, "Filha de Serra teve os dados fiscais acessados na Receita". Ricardo Noblat tuitou, "Violaram sigilo da filha de Serra, Mônica", e depois, "Correção: a filha se chama Verônica". Duas horas depois, apareceu na home page do G1, da Globo, "Receita diz que filha de Serra pediu acesso a dados fiscais". Abrindo a reportagem, "a assessoria da Receita informou oficialmente na noite desta terça que o acesso aos dados fiscais sigilosos da empresária Verônica Serra, filha de José Serra, foi motivado e feito a pedido da própria contribuinte".




thedialogue.org
SERRA LÁ
Depois de atravessar agosto no alto da home do Inter-American Dialogue, chamando para seus planos econômicos, a foto de José Serra deixou o site da instituição de Washington, ontem, trocada por um projeto de reforma na Argentina, nova prioridade americana na região

A FEBRE
No topo das buscas no Google News, com Reuters, "Boom de infraestrutura do Brasil cria oportunidades de investimento", segundo "executivos industriais e analistas", que destacaram transporte e habitação e argumentaram com pré-sal, Copa, Olimpíada. No "Wall Street Journal", "Brasil lidera o caminho na ativa temporada de fundos na América Latina". No texto, "o investimento em empresas se arrasta nos EUA, mas na América Latina ele toma as manchetes". E o Brasil responde por quase dois terços do total. E no "Financial Times", "Febre de aquisições ganha ritmo no Brasil", focando a área publicitária e citando o que falou um dono de agência à mulher, ao saber do interesse externo: "Acho que nós estamos ricos".

Cleones Ribeiro/Divulgação
"MADE IN BRAZIL"
A chinesa Xinhua e agências ocidentais destacaram o anúncio por Eike Batista, no "Roda Viva", de que vai criar em um ano uma "nova X" para fabricar automóveis. "Sempre se traz o know-how. A essência é que seja brasileiro. Não temos um automóvel brasileiro."

ÁFRICA & AMÉRICA LATINA
Na Bloomberg, "Lula vai lutar contra pobreza na África e na América Latina após deixar cargo". Na Associated Press, "Silva do Brasil promete combater pobreza na África e na América Latina". Na alemã DPA, "Lula vai trabalhar para América Latina e África". Foi na coluna "The Presidente Answers". Lula se comprometeu a "compartilhar tecnologia desenvolvida pela Embrapa, a agência de pesquisa agrícola".

NOVO MAPA
Em artigo publicado ontem em alto de página no francês "Le Monde" e antes no argentino "Clarín", no paraguaio "ABC Color" e no equatoriano "El Universo", entre outros, o chanceler Celso Amorim escreveu que o "Brasil vai representar um papel ambicioso no novo equilíbrio do mundo", título do jornal francês. Nos títulos em espanhol, "Um novo mapa do mundo". O texto faz um balanço de oito anos de diplomacia do Brasil, da integração sul-americana ao G20 e à aproximação com africanos e árabes. Nas frases destacadas, "Durante o governo do presidente Lula, a imagem do país no exterior mudou" e "O mundo já não pode ser governado por um consórcio de poucos".

Na Costa Rica
A agência Global Post destaca que a "Costa Rica está preocupada com os planos para permitir que navios militares dos EUA atraquem em sua costa". Desde 1948, o país presidido hoje por Oscar Arias não tem mais forças armadas.

No Suriname
A AP despachou que a "Corrida ao ouro é ameaça crescente à floresta tropical do Suriname". Diz que "muitos dos mineiros são imigrantes ilegais do Brasil", que vêm produzindo "clarões na floresta que parecem queda de meteoro".

QUEM GANHOU E QUEM PERDEU
Na manchete on-line do "New York Times", antes mesmo do pronunciamento presidencial na TV, "Obama fala às tropas, 'nossa tarefa no Iraque ainda não acabou'". Em meio ao "derretimento" democrata nas eleições parlamentares, Obama formalizou ontem a retirada do Iraque. No "NYT" de papel, o ex-subsecretário da Defesa de George W. Bush, o "neocon" Paul Wolfowitz, um dos maiores defensores da invasão, voltou a elogiar a guerra e sugeriu agora adotar a Coreia do Sul pós-guerra como "modelo para o Iraque". Reação no site da "Foreign Policy", com ironia, "Adivinhe quem está tentando esconder o fracasso dos EUA no Iraque?". Os balanços das instituições de política externa dos EUA não é positivo. No título de Mohamad Bazzi, do Council On Foreign Relations, reproduzido por Real Clear Politics e outros, "Então, quem ganhou a guerra no Iraque? O Irã". No título de Irena Sargsyan, do Brookings, no "Los Angeles Times", "Só os EUA podem evitar a guerra civil". E no título do colunista Eugene Robinson, no "Washington Post", "Uma coisa é clara no Iraque: nós perdemos".



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