São Paulo, sexta-feira, 01 de outubro de 2010

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Bornhausen e Amin comandam resistência ao lulismo em SC

JOSÉ MASCHIO
ENVIADO ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS

Ao afirmar neste mês em Joinville (SC) que o DEM teria de ser extirpado da política brasileira, o presidente Lula deu contornos ideológicos à sucessão catarinense. No Estado, a resistência ao lulismo é comandada por uma criação do desafeto declarado de Lula, o ex-senador Jorge Bornhausen (DEM).
O senador Raimundo Colombo, 55, um agropecuarista que foi por três vezes prefeito de Lages, encabeça a chapa anti-PT no Estado, que reúne DEM, PSDB, PPS, PMDB e PTB, além de pequenos partidos. Segundo Colombo, a oposição ao governo Lula é ideológica e "uma maneira totalmente diferente de fazer política em relação ao que faz o PT".
A fala de Lula acirrou ainda mais a disputa em um Estado que, desde o regime militar, tem alternado no poder líderes da antiga Arena, hoje no DEM de Bornhausen ou no PP, controlado no Estado por Esperidião Amin.
Nas raras vezes em que o PMDB esteve no poder, acabou tendo de se aliar a um ou outro desses remanescentes da Arena. A exceção foi em 2002, quando Luiz Henrique foi apoiado por Lula. Em 2006, entretanto, já se reelegeu no chapão anti-PT.
Essa característica estadual explica a dificuldade da candidatura lulista da senadora Ideli Salvatti. Na última pesquisa Ibope, ela aparece em terceiro lugar (16%), atrás de Ângela Amin (PP), com 27%, e Colombo, com 43%.
Diferente de Bornhausen no comportamento -mais tímido e menos incisivo na fala-, Colombo não esconde a influência do caudilho do DEM catarinense em sua formação. ""Entrei na política pelas mãos dele no final da década de 70, e estamos juntos até hoje", afirma.
Ele desconsidera o fim do partido. Para ele, o DEM precisa ser uma referência intelectual da sociedade.


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