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Bornhausen e Amin comandam resistência ao lulismo em SC
JOSÉ MASCHIO
ENVIADO ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS
Ao afirmar neste mês em
Joinville (SC) que o DEM teria
de ser extirpado da política
brasileira, o presidente Lula
deu contornos ideológicos à
sucessão catarinense. No Estado, a resistência ao lulismo
é comandada por uma criação do desafeto declarado de
Lula, o ex-senador Jorge Bornhausen (DEM).
O senador Raimundo Colombo, 55, um agropecuarista que foi por três vezes prefeito de Lages, encabeça a
chapa anti-PT no Estado, que
reúne DEM, PSDB, PPS,
PMDB e PTB, além de pequenos partidos. Segundo Colombo, a oposição ao governo Lula é ideológica e "uma
maneira totalmente diferente de fazer política em relação ao que faz o PT".
A fala de Lula acirrou ainda mais a disputa em um Estado que, desde o regime militar, tem alternado no poder
líderes da antiga Arena, hoje
no DEM de Bornhausen ou
no PP, controlado no Estado
por Esperidião Amin.
Nas raras vezes em que o
PMDB esteve no poder, acabou tendo de se aliar a um ou
outro desses remanescentes
da Arena. A exceção foi em
2002, quando Luiz Henrique
foi apoiado por Lula. Em
2006, entretanto, já se reelegeu no chapão anti-PT.
Essa característica estadual explica a dificuldade da
candidatura lulista da senadora Ideli Salvatti. Na última
pesquisa Ibope, ela aparece
em terceiro lugar (16%), atrás
de Ângela Amin (PP), com
27%, e Colombo, com 43%.
Diferente de Bornhausen
no comportamento -mais tímido e menos incisivo na fala-, Colombo não esconde a
influência do caudilho do
DEM catarinense em sua formação. ""Entrei na política
pelas mãos dele no final da
década de 70, e estamos juntos até hoje", afirma.
Ele desconsidera o fim do
partido. Para ele, o DEM precisa ser uma referência intelectual da sociedade.
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