São Paulo, segunda-feira, 01 de novembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Eleita terá de mudar perfil de técnico a político

DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA
DO RIO

Na Presidência, Dilma Rousseff terá de ser menos técnica e mais política e ouvir os interlocutores na tomada de decisões. Esse, segundo aliados, será um de seus grandes desafios.
Em outras palavras, ela terá de deixar de ser a "gerente durona" da Casa Civil, que chegava a destratar colegas de trabalho, para assumir um papel de líder política do governo.
Um assessor do Palácio do Planalto diz que ela sabe que terá de escolher alguém com perfil próximo ao seu para ser o "cobrador implacável" que teve com Lula.
Membros de sua equipe dizem que ela já começou a mudar na campanha.
A presidente eleita gosta de agir com rapidez. Demonstra impaciência com a lentidão do governo.
Assessores dizem que, na busca de dados, Dilma leva seus subordinados "ao limite da exaustão".
Ela queria saber o "detalhe do detalhe" de tudo.
Muitas vezes perdia a paciência e tratava assessores, diretores de estatais e ministros com rispidez, em tom desrespeitoso.
Integrantes do Conselho de Administração da Petrobras, que foi presidido por Dilma até abril passado, relatam que ela lia antecipadamente os relatórios e já ia às reuniões com posição fechada.
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, teria chorado depois de uma altercação com Dilma por telefone. Os dois negam, mas a Folha ouviu a história de várias pessoas.
(ANA FLOR, VALDO CRUZ, KENNEDY ALENCAR E PLÍNIO FRAGA)


Texto Anterior: Lula defende manter Mantega e Meirelles
Próximo Texto: Vladimir Safatle: Lula venceu
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.