São Paulo, quarta-feira, 02 de fevereiro de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Ao menos 42 deputados vão trocar cargo por Executivo PSDB é partido com mais licenciados, dez FÁBIO AMATO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Ao menos 42 deputados federais (8% da Câmara) vão se licenciar para assumir cargos em governos e ministérios. Somados, esses deputados receberam 5 milhões de votos -pouco mais do que o total de eleitores de Santa Catarina e Amapá juntos. O PSDB é o partido com o maior número de eleitos que vão ou já se licenciaram: dez. Na sequência estão PT, com nove, e PMDB, com sete. Entre os petistas, quatro foram nomeados ministros: Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário), Iriny Lopes (Políticas para as Mulheres), Luiz Sérgio (Relações Institucionais) e Maria do Rosário (Direitos Humanos). Quatro dos 13 deputados federais eleitos pelo PSDB em SP também preferiram deixar o mandato para um suplente: Emanuel Fernandes, Edson Aparecido, José Aníbal e Júlio Semeghini. Para o cientista político e professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) Marco Antonio Teixeira, a troca contribui para degradar a imagem da Câmara perante a sociedade. "Esse tipo de situação fragiliza ainda mais a atividade parlamentar porque mostra que a prioridade é chegar ao Executivo, que talvez a atividade parlamentar seja apenas uma ponte", diz. Ele aponta que a mudança é vantajosa para os deputados que, no Executivo, passam a ter "a caneta e o processo decisório nas mãos." O resultado é que o eleito vai ter mais instrumentos para fortalecer vínculos e ampliar a base de eleitores, além de se aproximar de poderes econômicos e aumentar influência dentro do partido. Também compensa para o partido que, ao fazer parte de um governo, pode nomear correligionários para cargos. Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Presidente indica Luiz Fux novo ministro do STF Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |