São Paulo, quarta-feira, 02 de fevereiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Dilma nomeia técnico para presidir estatal DE BRASÍLIA A presidente Dilma Rousseff começa por Furnas as prometidas mudanças no setor elétrico. Para comandar a estatal, alvo de acusações de irregularidades, ela escolheu o engenheiro Flávio Decat, técnico de sua confiança e avalizado por pesos pesados do PMDB. A indicação satisfaz a dois grupos peemedebistas: o do governador do Rio, Sérgio Cabral, e o da família Sarney, tendo essa última ligação lhe rendido uma citação em investigações da Polícia Federal (Operação Boi Barrica). Interceptações telefônicas feitas em 2008 mostram que Fernando Sarney, filho de José Sarney (PMDB-AP), pediu ao pai para acomodar o amigo Flávio Decat em uma das diretorias da Eletrobras. "Manda passar lá no Senado. Às 17h30, no meu gabinete", disse Sarney. Três meses depois, ele foi contemplado. Ele era também um dos cotados para assumir o comando da Eletrobras no governo atual. A crise em Furnas mudou os planos de Dilma. Ela decidiu colocar lá um nome de sua confiança, mas, ao mesmo tempo, ligado a setores do PMDB. O objetivo: desidratar o poder do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com grande influência sobre a estatal. Na semana passada, Dilma avisou ao PMDB que não aceitaria indicações de Cunha, e informou que deve mudar toda a diretoria da estatal. (NATUZA NERY) Texto Anterior: Presidente indica Luiz Fux novo ministro do STF Próximo Texto: Mudança na legislação permitiu operação suspeita em Furnas Índice | Comunicar Erros

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