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OUTRO LADO
Grupo confirma números, mas contesta dívida
DE SÃO PAULO
A direção da Natura confirmou os números apurados
pela reportagem, mas informou que contesta todas as
cobranças do fisco nas esferas judicial e administrativa.
O grupo afirma que as regras da CVM (Comissão de
Valores Mobiliários), alteradas neste ano, não o obrigavam a informar o valor total
de litígios no relatório anual,
que é publicado no "Diário
Oficial" e no site da Bovespa.
A diretora jurídica da empresa, Lucilene Prado, disse
que o volume de ações tributárias contra a Natura é "absolutamente razoável", se
comparado ao tamanho da
empresa e à "complexidade"
da carga tributária sobre o setor de cosméticos no país.
Ela afirmou que o débito
inscrito na dívida ativa da
União refere-se a Imposto de
Renda de 1996 e não aparece
no balanço anual por ser inferior a R$ 5 milhões.
A Natura informou que o
valor cobrado pelo Estado de
São Paulo em supostas dívidas de ICMS está depositado
em juízo, à espera de decisão
final sobre o caso.
Prado disse não ver relação entre a candidatura de
Guilherme Leal e as disputas
tributárias: "Não acreditamos que a candidatura do
controlador vá influenciar o
Judiciário ou as esferas administrativas no julgamento de
qualquer litígio".
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