São Paulo, sexta-feira, 02 de julho de 2010

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Serra critica uso político de agências reguladoras

A ruralistas disse que quer "estatizar o Estado"

SIMONE IGLESIAS
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

Ao participar ontem de debate que, na ausência dos adversários, virou uma sabatina, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, defendeu a "estatização do Estado brasileiro" e, por duas horas e meia, fez críticas diretas ao governo Lula e indiretas à candidata petista, Dilma Rousseff.
Durante o evento, organizado pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), as agências reguladoras foram alvos do candidato tucano.
"Nós temos que estatizar o Estado brasileiro. Nós temos que estatizar as agências reguladoras, [...] apropriadas pelo setor privado, partidos, sindicatos que supostamente defendem classes sociais, mas defendem muitos, não todos, os seus próprios interesses, de seus dirigentes."
Entre as críticas que fez ao presidente Lula, o tucano reclamou que o governo dá dinheiro "de forma disfarçada" ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Disse também que a entidade usa a reforma agrária como pretexto para tentar implantar o socialismo.
Além disso, criticou os que usam o boné do movimento, como já fizeram Lula e Dilma.
Quanto a Dilma, lamentou sua ausência em debates e disse que campanha não pode ser feita só com publicidade, como se os candidatos fossem "iogurte". "É uma pena que a gente não debata. É importante para que a população possa fazer seu juízo."
Para Serra, Dilma tem rejeitado entrevistas e encontros porque "provavelmente não sabe o que responder".
Dilma e a candidata do PV, Marina Silva, foram convidadas. A petista recusou alegando problema de agenda. Marina confirmou, mas acabou desistindo porque queria ter acesso às perguntas antecipadamente.


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