São Paulo, sexta-feira, 02 de julho de 2010

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Lula pede tempo aos grevistas do Judiciário

Petista só quer discutir reajuste após eleições

LUCAS FERRAZ
DE BRASÍLIA

Pressionado pela cúpula do Poder Judiciário por causa de uma greve nacional que completou ontem 54 dias, o presidente Lula pediu tempo aos grevistas.
Para ele, a decisão sobre o reajuste salarial deverá ser tomada depois das eleições, já que o próximo presidente deverá ser consultado sobre as consequências do aumento nas contas públicas.
Segundo o ministro Paulo Bernardo (Planejamento), o governo não tem dinheiro para reajustar os salários neste ano -por isso a necessidade de consultar o eleito.
A Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal), insatisfeita com o pedido do governo, que não discutiu o mérito da proposta, afirmou ontem que a greve prossegue.
A paralisação nas Justiças Federal, Trabalhista e Eleitoral, iniciada em 6 de maio, já atinge mais de 20 Estados e o Distrito Federal. A categoria pede aumento de até 56%.
Duas reuniões ocorreram em Brasília ontem. Pela manhã, Lula recebeu o presidente do STF, Cezar Peluso, e Ricardo Lewandowski, ministro do Supremo e presidente do TSE.
Ambos manifestaram concordância com a proposta dos grevistas, mas Lula ponderou sobre a impossibilidade de decidir durante o período eleitoral.
Em outro encontro, Paulo Bernardo se reuniu com membros da Fenajufe. Com a permanência do impasse, uma nova conversa foi agendada na próxima semana.
O último reajuste salarial da categoria, de 2006, terminou de ser pago, de forma escalonada, em 2008. A proposta atual está em um projeto encaminhado ao Congresso em fevereiro deste ano.


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A coluna de Nelson de Sá voltará a ser publicada em 5 de julho




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