São Paulo, sábado, 02 de julho de 2011

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Presidente e peemedebista nunca foram próximos

DA COLUNISTA DA FOLHA

Quando colegas no governo Lula, Nelson Jobim já na Defesa e Dilma Rousseff na Casa Civil nunca foram muito próximos, e assessores de Jobim já criticavam que a Casa Civil era "saco sem fundo": projetos caíam lá e paravam.
No governo Dilma, os dois -ele, gaúcho, ela, mineira que fez carreira no Rio Grande do Sul- se esforçam para se aproximar, discutindo livros e música. Mas Jobim jamais voltou a ter poder e influência que tinha com Lula.
Foi o petista, aliás, quem fez o pré-convite para Jobim continuar na Defesa. Ponderou que era preciso concluir o trabalho começado.
O ministro aceitou, mas disse que, se ficasse, era por tempo determinado: no máximo dois anos. Um prazo a ser considerado é meados de 2012, quando Adrienne Senna, sua mulher, se aposenta do serviço público.
Com Lula, Jobim arrancava verbas para aumento de soldos e equipamentos militares, opinava sobre questões jurídicas e em particular sobre as que diziam respeito ao Supremo Tribunal Federal (que ele presidira).
Tinha ainda missões políticas: articulava votações de interesse do governo com o PMDB e, quando necessário, fazia o meio de campo entre o governo e a oposição.
Com Dilma, a Defesa foi um dos setores mais atingidos pelos cortes e lá se foi o projeto mais ambicioso: a reposição da frota de caças.
Ele deixou de ser chamado para tarefas extra-Defesa.
Amigos de Jobim comentam que ele tem reclamado que há inércia, indecisão, falta de agenda parlamentar. Não é o único a dizer isso, mas o problema é que é ministro -e indicado pelo ex-presidente, não pela atual.


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