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SAIBA MAIS
Governo federal limitou compra para estrangeiros
DE BRASÍLIA
Em agosto passado, após
dois anos de negociações, o
presidente Lula autorizou a
Advocacia-Geral da União a
publicar um parecer com
nova interpretação para
uma lei de 1971. Com isso, o
Brasil impôs regras para a
compra de imóveis rurais
por empresas como sede no
país, mas controladas por
estrangeiros.
A decisão limitou o tamanho das propriedades que
as companhias comandadas por pessoas físicas e jurídicas de outras nacionalidades podem comprar (a
depender de cada Estado).
Essas empresas ficaram
também impedidas de adquirir áreas para projetos
agrícolas e pecuários, por
exemplo, se esses objetivos
não estiverem em seus respectivos estatutos.
A nova regra ainda passou a prever autorização especial do Incra para que o
negócio seja firmado bem
como registro em separado
nos cartórios.
Na prática, com o novo
parecer da AGU, as empresas estrangeiras perderam a
chamada igualdade que tinham em relação às empresas de capital nacional.
Na época da publicação
do novo parecer, a AGU
apontou a crise de alimentos no mundo e a possibilidade de adoção do biocombustível em larga escala para justificar a medida para
frear a investida dos estrangeiros no país.
O novo parecer ficou dois
anos na gaveta da AGU. O
texto ficou pronto no final
de 2008, justamente quando começou a crise econômica mundial, o que motivou um recuo estratégico de
Lula, sob o temor de reduzir
os investimentos no país
num momento de escassez
financeira.
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