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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Para Dilma, acusação tucana é "falsidade"
Presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirma que ninguém encomendou dossiê e que Serra mostra "desespero"
Partido "blinda" petista para evitar que ela seja envolvida na polêmica; Garcia diz que campanha será "desdossierizada"
RANIER BRAGON
ENVIADO ESPECIAL A GOIÂNIA
Diante da acusação do
PSDB de que Dilma Rousseff
(PT) é responsável por dossiês, o PT "blindou" a ex-ministra para evitar que ela entrasse na polêmica e chamou
de "pesquisite aguda" e "patifaria" as reações tucanas.
Durante quase toda a sua
visita a Goiânia, ontem, Dilma evitou falar com os jornalistas. Ao ir embora, afirmou:
"Isso [a acusação de Serra] é
uma falsidade. Eu não vou ficar batendo boca sobre isso.
Agora, é uma falsidade."
Antes, o presidente do PT,
José Eduardo Dutra, que a
acompanhou, convocou a
mídia para contestar Serra.
"Não há nenhuma ação
por parte do PT no sentido de
orientar, autorizar ou encomendar a formação de dossiês. Repelimos essa política." Para Dutra, Serra revela
"desespero", "estresse acima
do suportável" e "pesquisite
aguda". O petista disse ainda
que é "patifaria" ligar Dilma
à montagem de dossiês.
Dutra também afirmou
que o jornalista e consultor
Luiz Lanzetta "não faz parte
da campanha". A empresa de
Lanzetta é responsável pela
contratação de assessores
para o auxílio de Dilma.
Reportagem da revista
"Veja" informou que Lanzetta manteve contatos com um
delegado aposentado e com
outros investigadores para
contratar seus serviços, o que
acabou não ocorrendo.
A atitude de Lanzetta levantou a suspeita sobre produção de "dossiês" para serem usados contra José Serra.
Segundo Dutra, o trabalho
de Lanzetta se resumiu a contratar pessoas indicadas pelo
PT. "Não sei se houve tal contato [com pessoas que produziriam o dossiê], se não houve. Se houve, não há nenhuma responsabilidade do partido ou da campanha."
RUI FALCÃO
Dutra afirmou que todas
as pessoas contratadas por
Lanzetta se reportam diretamente ao deputado estadual
Rui Falcão (PT), coordenador
da comunicação da pré-campanha, um dos citados que
teriam sido investigados.
Segundo o assessor internacional da Presidência,
Marco Aurélio Garcia, que integra a coordenação da campanha de Dilma, assim como
o Brasil é "desnuclearizado",
a campanha do PT será "desdossierizada". Ele disse que
não conhece, nunca viu e
nem sabe quem é Lanzetta.
Em Goiânia, Dilma deu entrevista ao programa de rádio
do deputado Sandes Júnior
(PP), mas não foi questionada sobre o suposto dossiê.
Mais tarde, ela se reuniu
com empresários. Na entrada
do evento, ela passou por um
protesto de professores em
greve, que dizem terem sido
agredidos por seguranças.
Colaborou ELIANE CANTANHÊDE, de Brasília
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