|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Centrais receberam R$ 228 mi da União desde 2008
DE BRASÍLIA
Aliadas de primeira hora,
as centrais sindicais já receberam do governo Lula R$
228,3 milhões em repasses do
imposto sindical.
Esses recursos começaram
a engordar o caixa das entidades a partir de 2008, quando o Congresso aprovou projeto do Executivo para oficializar o papel das centrais
dentro da estrutura sindical.
Com a mudança, o governo concordou em abrir mão
de metade de sua fatia do imposto sindical para beneficiar as centrais. Só neste ano
já foi arrecadado R$ 1,684 bilhão com a contribuição,
compulsória a todos os trabalhadores, sindicalizados ou
não. 2010 deve ser recordista
no recolhimento do tributo.
Na prática, isso garante
mais poder de fogo às centrais em pleno ano de eleições. Das 6 entidades que recebem o repasse, 5 já declararam, formal ou informalmente, apoio à pré-candidata petista Dilma Rousseff.
Segundo a lei, entidades
com maior representatividade têm direito a parcela
maior da contribuição. Juntas, CUT (Central Única dos
Trabalhadores, braço sindical do PT) e Força (central ligada ao PDT, que apoiará
Dilma) respondem por mais
de 50% do repasse. Neste
ano, as duas já embolsaram
quase R$ 50 milhões.
No STF (Supremo Tribunal
Federal), o repasse do imposto sindical às centrais está
sendo questionado em uma
ação movida pelo DEM.
Desde março o julgamento
está parado, com mudança
no placar, antes desfavorável
aos sindicalistas. Três ministros apoiam o repasse e três
são contra. Quatro faltam votar. Um -José Antonio Dias
Toffoli- está impedido.
Em 2007, a Câmara aprovou o fim do recolhimento
compulsório. Sob pressão de
sindicalistas e com a ajuda
do governo, porém, o Senado
restabeleceu a cobrança meses depois. Na época, comprometeram-se a levar adiante a troca do imposto por outro tipo de contribuição.
Texto Anterior: Análise: Episódio no PT revela poder atrofiado de Pimentel na cúpula da campanha Próximo Texto: Presidente 40/Eleições 2010: PT enquadra Minas por apoio ao PMDB Índice
|