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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
PT enquadra Minas por apoio ao PMDB
Pré-candidato no Estado, ex-prefeito de BH deve anunciar na segunda que não vai disputar o governo estadual
PT negocia a indicação de Patrus Ananias para vice de Costa, enquanto Pimentel deve disputar uma cadeira no Senado
VALDO CRUZ
FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA
O comando de campanha
de Dilma Rousseff enquadrou o ex-prefeito de Belo
Horizonte Fernando Pimentel e ele vai anunciar na segunda-feira seu apoio à candidatura de Hélio Costa
(PMDB) ao governo mineiro.
Além disso, negocia com
Patrus Ananias sua indicação para ser vice de Hélio
Costa, tendo Pimentel como
candidato ao Senado na chapa encabeçada pelo ex-ministro das Comunicações.
Com essa chapa, petistas e
peemedebistas acreditam ser
possível derrotar o governador Antonio Anastasia
(PSDB-MG), candidato do tucano Aécio Neves, que cresceu nas pesquisas encomendadas pelos dois partidos para definir o nome da base
aliada no palanque único em
Minas a favor de Dilma.
Segundo a Folha apurou,
Dilma e sua equipe cobraram, na terça-feira, que Pimentel determinasse que
seus aliados em Minas parassem de colocar empecilhos à
aliança em torno de Costa.
O petista e ex-prefeito de
Belo Horizonte repetiu que
em nenhum momento trabalhou com a possibilidade de
confrontar uma decisão do
presidente Lula e da direção
nacional do PT em favor da
aliança com o PMDB, mas
que precisava seguir o roteiro
traçado entre os dois partidos para a escolha do cabeça
de chapa em Minas Gerais.
Segundo esse roteiro, depois dos resultados das pesquisas, dirigentes do PT e do
PMDB mineiro se reuniriam
no domingo, dia 6, para definir os nomes dos candidatos
a governador, vice e senador.
Hélio Costa ficou à frente
de Pimentel nas duas pesquisas, mas sempre dentro da
margem de erro. Na pesquisa
Sensus para o PT, Pimentel
teria 27,7% contra 21,4% de
Anastasia, e Costa teria 31,1%
contra 20,5% do tucano.
Na pesquisa do Ibope para
o PMDB, Pimentel pontua de
24% a 29% nos cenários, e
Costa varia de 28% a 32%.
Integrantes do PT mineiro
dizem, porém, que vão insistir até o último momento na
indicação de Pimentel, sob a
alegação de que o petista tem
mais chances de vitória.
Eles disseram à Folha que
o limite dessa insistência é
uma possível intervenção da
direção nacional do PT em favor do senador Hélio Costa.
Por essa razão, a direção
nacional do PT convocou todos os integrantes do Diretório Nacional para ter "quorum máximo" na reunião do
dia 11, que antecede as convenções do PMDB e do PT.
A estratégia é ter votos suficientes para derrubar as
tentativas dos diretórios estaduais de Minas e do Maranhão de lançarem candidatos que possam ameaçar a
aliança em torno de Dilma.
No Maranhão, o PT local
quer apoiar o candidato do
PC do B, Flavio Dino, e não
Roseana Sarney (PMDB).
"Se um Estado estiver em
desacordo com a política nacional, a instância decisória é
o Diretório Nacional", disse o
secretário nacional de Mobilização do PT, Jorge Coelho.
Colaboraram ANA FLOR, de São Paulo, e PAULO PEIXOTO, de Belo Horizonte
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