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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Falta de palanque municipal preocupa PV
Legenda de Marina tem 78 prefeitos, principalmente em SP, no MA e em MG; em 11 Estados, não tem nenhum
"Sem prefeitura, não tem como mostrar que se tem capacidade de administrar", reconhece José Carlos Lima, do PA
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
Além da carência de palanques estaduais, a presidenciável Marina Silva (PV)
terá de lidar com o baixo número de prefeituras sob comando do partido, o que, na
prática, pode dificultar a
aproximação entre a candidata e o eleitorado.
Nas últimas eleições municipais, a legenda conquistou 78 prefeituras em todo o
país (entre 5.565 cidades),
concentradas principalmente em São Paulo (23), Maranhão (20) e Minas Gerais (15).
Desse total, apenas oito cidades dirigidas pelo partido
têm mais de 100 mil habitantes. Em 2004, o PV ganhou a
eleição em 57 municípios.
A anemia municipal já é
motivo de preocupação entre
os dirigentes nos Estados.
"Sem prefeitura, não tem como mostrar que você tem capacidade de administrar os
problemas ambientais e a vida das pessoas", reconhece
José Carlos Lima, presidente
do diretório do Pará, que tem
apenas uma prefeitura verde.
No Nordeste, onde Marina
é desconhecida por 34% da
população, segundo a última
pesquisa do Vox Populi, os
prefeitos do PV estão, em sua
maioria, no Maranhão.
Uma das principais lideranças verdes na região, o deputado federal Zequinha Sarney se opôs à candidatura
própria ao governo do Estado. A irmã do congressista, a
governadora Roseana Sarney (PMDB), tentará a reeleição em outubro e já garantiu
o palanque para a candidata
do PT, Dilma Rousseff.
Mas a aliança com a candidata petista pode limitar ainda mais o número de municípios-palanque para Marina.
"Isso é um complicador.
Aqui está praticamente definido que vamos com a Dilma,
porque ao governo [o apoio]
vai ser à Roseana", afirma o
prefeito do município de Codó, José Rolim Filho (PV). Segundo ele, a decisão será tomada após encontro com o
deputado Sarney, na próxima semana.
DIÁLOGO
Sem uma única prefeitura
em 11 Estados, o PV pretende
investir no diálogo com associações locais e redes espontâneas de apoio à candidatura de Marina.
"Como temos um número
muito pequeno [de prefeitos], nós estamos privilegiando os movimentos organizados. Não vamos fazer uma estratégia para as prefeituras",
afirma o presidente nacional
da legenda, José Luiz Penna.
Para alguns dirigentes do
partido, a própria candidatura de Marina dará mais densidade política ao PV.
"Estamos construindo um
partido. Vamos sair destas
eleições com as candidaturas
regionais fortalecidas", diz
José Aparecido, presidente
do diretório do PV em Minas
e candidato ao governo.
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