São Paulo, domingo, 03 de julho de 2011 |
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Dois pra lá dois pra cá Ainda iniciante no salão, Dilma pisou no pé de aliados e se viu forçada a recuar para retomar o ritmo da dança
TAI NALON E ANA FREITAS Gays POSIÇÃO ORIGINAL Projeto de lei anti-homofobia previa criminalizar o preconceito por orientação sexual. Em outra ação, o Ministério da Educação planejava distribuir vídeos sobre diversidade sexual para escolas públicas PRESSÃO Deputados evangélicos e católicos protestaram contra os projetos. Em retaliação, ameaçaram obstruir a pauta na Câmara e convocar Antonio Palocci (então chefe da Casa Civil) para explicar aumento patrimonial RECUO Governo sinaliza que vai suavizar texto do projeto de lei e definir como crime só o ato de induzir alguém a praticar violência por conta de preconceito sexual. Dilma determinou ainda a suspensão dos vídeos Lei da Anistia POSIÇÃO ORIGINAL Quando chefe da Casa Civil, Dilma defendeu a revisão da Lei da Anistia. Para ela, os crimes cometidos por agentes de repressão na ditadura eram imprescritíveis e poderiam ser julgados a qualquer tempo PRESSÃO Para evitar polêmica com setores militares durante a campanha eleitoral, a então candidata passou a dizer ser contra a revisão porque não queria "revanchismos" RECUO Em junho,Dilma desistiu oficialmente da revisão da lei. Em nome da presidente, a AGU recomendou ao Supremo Tribunal Federal que rejeite um recurso do Conselho Federal da OAB sobre a questão Sigilo eterno POSIÇÃO ORIGINAL A presidente defendeu originalmente o fim do sigilo de documentos oficiais -com prazo máximo de 50 anos para documentos ultrassecretos -a ser votado no Senado nas próximas semanas PRESSÃO Após pressão dos senadores e ex-presidentes Fernando Collor e José Sarney e do vice-presidente Michel Temer, Dilma recuou: o governo passaria a defender a prorrogação indefinida do sigilo de alguns papéis RECUO A mudança de lado repercutiu mal, sobretudo entre petistas. Dilma recuou do recuo e disse que acataria a decisão dos congressistas. A maioria dos senadores é a favor do fim do sigilo Sigilo em orçamentos da Copa POSIÇÃO ORIGINAL O governo incluiu em medida provisória que flexibiliza licitações para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 um artigo que mantém em sigilo orçamentos e dificulta a fiscalização de órgãos de controle PRESSÃO A aprovação da medida na Câmara repercutiu negativamente entre aliados e oposição. Dilma chegou a dizer que houve "má interpretação" e que os órgãos de controle continuariam com livre acesso às contas RECUO Após inúmeras justificativas e sob ataque do Congresso, o governo admitiu modificar a MP. Foi, então, recolocada no texto obrigatoriedade de acesso "permanente" dos órgãos de controle aos orçamentos Emendas POSIÇÃO ORIGINAL Sob justificativa de equilibrar contas, Dilma disse que não prorrogaria decreto que firma prazo para o pagamento de "restos a pagar" -despesas herdadas de anos anteriores, a maioria emendas de congressistas PRESSÃO A favor da extensão do prazo até o fim do ano de olho em obras nas suas bases, deputados da base e da oposição ameaçaram paralisar votações de temas importantes na Câmara, sobretudo em temas urgentes RECUO Diante da rebelião iminente, Dilma cedeu e decidiu prorrogar por mais SQ dias o decreto que garante a sobrevivência das verbas em troca de colaboração nas votações Texto Anterior: Dilma viajou metade do tempo de Lula nos primeiros 6 meses Próximo Texto: Dilma estende rigor à imagem do governo Índice | Comunicar Erros |
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