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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Serra sai em defesa de Mantega; Dilma nega elo com dossiê
Para tucano, ministro é "homem honrado'; petista diz que "carta anônima" não pode ser atribuída a ninguém
Marina afirma que não acompanhou o caso em detalhe, mas acha que disputas de cargos são uma "perda de tempo"
DE SÃO PAULO
DO RIO
DO ENVIADO A JUNDIAÍ
Com tom cauteloso, o candidato à Presidência José Serra (PSDB) defendeu ontem o
ministro Guido Mantega (Fazenda) ao comentar a produção de dossiê, supostamente
por petistas ligados ao sindicalismo bancário, com informações sobre tráfico de influência de Marina, filha do
ministro, no Banco do Brasil.
Sem atacar diretamente o
PT, como já fez em outras
ocasiões, Serra disse não se
surpreender com a elaboração do dossiê, mas saiu em
defesa do ministro, "um homem correto" segundo ele.
"Considero o ministro Guido Mantega um homem honrado, que está no cargo defendendo o interesse público", disse o tucano, após participar de corpo a corpo no
bairro da Liberdade, no centro de São Paulo.
O dossiê, conforme a Folha revelou no domingo, tinha o objetivo de forçar Mantega a desistir da indicação
de Paulo Caffarelli, vice-presidente do Banco do Brasil,
para a presidência da Previ,
fundo de pensão ligado ao
BB e o maior do país.
Caffarelli acabou sendo
preterido, mas o nome defendido pelos bancários também não foi o escolhido.
No Rio, a candidata Dilma
Rousseff (PT) classificou
uma pergunta sobre o tema
como de "viés claramente
eleitoreiro".
Questionada se desqualificava o documento, a petista
afirmou: "Nem desqualifico,
nem nego. Digo que se trata
de uma carta anônima. Como tal, não pode ser atribuída a nenhum partido".
Marina Silva, candidata
do PV, disse que não pôde
acompanhar o caso com detalhes porque estava em viagem no fim de semana.
Ontem, em Jundiaí (SP), a
senadora disse apenas que
são uma perda de tempo as
"disputas de cargos" no governo federal enquanto há
no país "crianças sendo entregues completamente à
marginalidade".
SEGURANÇA
No Rio, Dilma usou os ataques à Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) e os incêndios de veículos em São
Paulo, no fim de semana, para criticar a política carcerária do Estado.
Para Marina, São Paulo
passa por "problemas de descontrole na área da segurança pública".
Serra, que até o fim de
março era governador, não
comentou o caso por não ter
detalhes sobre o episódio. No
entanto, usou a redução dos
índices de criminalidade no
Estado para defender a política de segurança de São Paulo.
(BRENO COSTA, ITALO NOGUEIRA E MAURÍCIO SIMIONATO)
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