São Paulo, terça-feira, 03 de agosto de 2010

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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010

Serra sai em defesa de Mantega; Dilma nega elo com dossiê

Para tucano, ministro é "homem honrado'; petista diz que "carta anônima" não pode ser atribuída a ninguém

Marina afirma que não acompanhou o caso em detalhe, mas acha que disputas de cargos são uma "perda de tempo"


DE SÃO PAULO
DO RIO
DO ENVIADO A JUNDIAÍ

Com tom cauteloso, o candidato à Presidência José Serra (PSDB) defendeu ontem o ministro Guido Mantega (Fazenda) ao comentar a produção de dossiê, supostamente por petistas ligados ao sindicalismo bancário, com informações sobre tráfico de influência de Marina, filha do ministro, no Banco do Brasil.
Sem atacar diretamente o PT, como já fez em outras ocasiões, Serra disse não se surpreender com a elaboração do dossiê, mas saiu em defesa do ministro, "um homem correto" segundo ele.
"Considero o ministro Guido Mantega um homem honrado, que está no cargo defendendo o interesse público", disse o tucano, após participar de corpo a corpo no bairro da Liberdade, no centro de São Paulo.
O dossiê, conforme a Folha revelou no domingo, tinha o objetivo de forçar Mantega a desistir da indicação de Paulo Caffarelli, vice-presidente do Banco do Brasil, para a presidência da Previ, fundo de pensão ligado ao BB e o maior do país.
Caffarelli acabou sendo preterido, mas o nome defendido pelos bancários também não foi o escolhido.
No Rio, a candidata Dilma Rousseff (PT) classificou uma pergunta sobre o tema como de "viés claramente eleitoreiro".
Questionada se desqualificava o documento, a petista afirmou: "Nem desqualifico, nem nego. Digo que se trata de uma carta anônima. Como tal, não pode ser atribuída a nenhum partido".
Marina Silva, candidata do PV, disse que não pôde acompanhar o caso com detalhes porque estava em viagem no fim de semana.
Ontem, em Jundiaí (SP), a senadora disse apenas que são uma perda de tempo as "disputas de cargos" no governo federal enquanto há no país "crianças sendo entregues completamente à marginalidade".

SEGURANÇA
No Rio, Dilma usou os ataques à Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) e os incêndios de veículos em São Paulo, no fim de semana, para criticar a política carcerária do Estado.
Para Marina, São Paulo passa por "problemas de descontrole na área da segurança pública".
Serra, que até o fim de março era governador, não comentou o caso por não ter detalhes sobre o episódio. No entanto, usou a redução dos índices de criminalidade no Estado para defender a política de segurança de São Paulo. (BRENO COSTA, ITALO NOGUEIRA E MAURÍCIO SIMIONATO)


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