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Dilma diz que PSDB está "desesperado"
Candidata anuncia ações contra Serra e afirma que oposição quer "virar a mesa da democracia"
Lula declara em comício que os adversários
estão nervosos e que vão baixar o nível nos programas eleitorais
ANA FLOR
ENVIADA ESPECIAL A PORTO ALEGRE
A campanha petista pôs
em ação ontem a estratégia
de partir para a ofensiva contra o PSDB e o candidato tucano José Serra para se proteger das acusações de envolvimento na quebra de sigilos
fiscais da Receita Federal.
O PT entrou ainda com um
pedido de direito de resposta
por considerar que, no programa gratuito da coligação
de Serra na TV, houve a vinculação da candidata petista,
Dilma Rousseff, e de sua
campanha aos vazamentos.
À tarde, em Porto Alegre,
Dilma disse que as acusações
do PSDB são um ato "desesperado" de quem quer "virar
a mesa da democracia".
Ela anunciou ações judiciais do PT no Tribunal Superior Eleitoral e uma representação na Procuradoria-Geral
da União contra Serra e o presidente do PSDB, Sérgio
Guerra, pelo que chamou de
divulgação de fato inverídico
com finalidade eleitoral.
"No processo democrático
pode-se até perder a eleição,
mas não se pode perder a dignidade e não se pode sacar
contra pessoas ou instituições", disse ela, que chamou
as acusações de "levianas".
Serra e o PSDB responsabilizam a campanha petista pela quebra do sigilo fiscal na
Receita Federal de pessoas
próximas do tucano, entre
elas Veronica, filha dele.
Em Foz do Iguaçu (PR), o
presidente Lula disse que a
oposição está "nervosa" e
que seus adversários vão
"baixar o nível" nos programas eleitorais na TV. Em comício, ele afirmou que a oposição vai "inventar o que
sempre inventou".
BLINDAGEM
A coordenação da campanha pretende blindar Dilma
dos ataques. Até mesmo em
caso de uma resposta no programa de TV às declarações
de Serra, ela deverá ser poupada de comentar o assunto.
Dilma, porém, deu a entender ontem que a quebra
de sigilo possa ter ocorrido
dentro de uma disputa interna do PSDB pela indicação
do partido à Presidência.
"Em setembro não havia
nem campanha nem pré-campanha. Havia outro tipo
de disputa", disse.
Ela voltou a afirmar que é a
principal interessada no esclarecimento das denúncias
e que espera uma apuração
"rápida" e "rigorosa".
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