São Paulo, sexta-feira, 03 de setembro de 2010

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Dilma diz que PSDB está "desesperado"

Candidata anuncia ações contra Serra e afirma que oposição quer "virar a mesa da democracia"

Lula declara em comício que os adversários estão nervosos e que vão baixar o nível nos programas eleitorais


ANA FLOR
ENVIADA ESPECIAL A PORTO ALEGRE

A campanha petista pôs em ação ontem a estratégia de partir para a ofensiva contra o PSDB e o candidato tucano José Serra para se proteger das acusações de envolvimento na quebra de sigilos fiscais da Receita Federal.
O PT entrou ainda com um pedido de direito de resposta por considerar que, no programa gratuito da coligação de Serra na TV, houve a vinculação da candidata petista, Dilma Rousseff, e de sua campanha aos vazamentos.
À tarde, em Porto Alegre, Dilma disse que as acusações do PSDB são um ato "desesperado" de quem quer "virar a mesa da democracia".
Ela anunciou ações judiciais do PT no Tribunal Superior Eleitoral e uma representação na Procuradoria-Geral da União contra Serra e o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, pelo que chamou de divulgação de fato inverídico com finalidade eleitoral.
"No processo democrático pode-se até perder a eleição, mas não se pode perder a dignidade e não se pode sacar contra pessoas ou instituições", disse ela, que chamou as acusações de "levianas".
Serra e o PSDB responsabilizam a campanha petista pela quebra do sigilo fiscal na Receita Federal de pessoas próximas do tucano, entre elas Veronica, filha dele.
Em Foz do Iguaçu (PR), o presidente Lula disse que a oposição está "nervosa" e que seus adversários vão "baixar o nível" nos programas eleitorais na TV. Em comício, ele afirmou que a oposição vai "inventar o que sempre inventou".

BLINDAGEM
A coordenação da campanha pretende blindar Dilma dos ataques. Até mesmo em caso de uma resposta no programa de TV às declarações de Serra, ela deverá ser poupada de comentar o assunto.
Dilma, porém, deu a entender ontem que a quebra de sigilo possa ter ocorrido dentro de uma disputa interna do PSDB pela indicação do partido à Presidência. "Em setembro não havia nem campanha nem pré-campanha. Havia outro tipo de disputa", disse.
Ela voltou a afirmar que é a principal interessada no esclarecimento das denúncias e que espera uma apuração "rápida" e "rigorosa".


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