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Mantega adota tons diferentes ao estimar juros e crescimento
Ministro acha que crise afetará país, mas vê alta maior do PIB
MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO
FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE
O ministro da Fazenda,
Guido Mantega, adotou ontem discursos diferentes para as projeções de crescimento do país e de corte de juros.
Disse que após o desaquecimento da economia no segundo trimestre, o Brasil deve acelerar no fim deste ano,
fechando 2011 com expansão
de 4%. Para 2012, ele prevê
crescimento maior, de 5%.
Ao comentar a possibilidade de novos cortes de juros,
Mantega adotou outro tom.
Disse que a crise externa certamente "puxará a economia
brasileira para baixo".
O ministro avalia que esse
cenário dará condições para
a continuidade da queda dos
juros nos próximos três anos.
"A tendência é de piora da
situação mundial, e nós temos uma desaceleração da
economia brasileira e uma situação fiscal favorável para a
queda dos juros", disse.
Mais tarde, em entrevista a
correspondentes estrangeiros, o ministro afirmou que o
governo pode adotar medidas de estímulo fiscal e monetário para garantir o PIB.
"Espero não ter que usar
nem as políticas monetárias
nem as fiscais, mas se a economia não estiver tendo o desempenho esperado, então
nós poderemos usar", afirmou, segundo a agência de
notícias Reuters.
A projeção de crescimento
da Fazenda está mais otimista do que a do mercado, que
vê expansão de 3,8% neste
ano e de 3,9% em 2012. E destoa também do tom mais pessimista do BC, que cortou o
juro para 12% esta semana.
A presidente Dilma Rousseff disse ontem, em Porto
Alegre, que ventos "não muito bons" vindos de países desenvolvidos estão chegando.
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