São Paulo, sábado, 03 de setembro de 2011

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Mantega adota tons diferentes ao estimar juros e crescimento

Ministro acha que crise afetará país, mas vê alta maior do PIB

MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO

FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, adotou ontem discursos diferentes para as projeções de crescimento do país e de corte de juros.
Disse que após o desaquecimento da economia no segundo trimestre, o Brasil deve acelerar no fim deste ano, fechando 2011 com expansão de 4%. Para 2012, ele prevê crescimento maior, de 5%.
Ao comentar a possibilidade de novos cortes de juros, Mantega adotou outro tom. Disse que a crise externa certamente "puxará a economia brasileira para baixo".
O ministro avalia que esse cenário dará condições para a continuidade da queda dos juros nos próximos três anos.
"A tendência é de piora da situação mundial, e nós temos uma desaceleração da economia brasileira e uma situação fiscal favorável para a queda dos juros", disse.
Mais tarde, em entrevista a correspondentes estrangeiros, o ministro afirmou que o governo pode adotar medidas de estímulo fiscal e monetário para garantir o PIB.
"Espero não ter que usar nem as políticas monetárias nem as fiscais, mas se a economia não estiver tendo o desempenho esperado, então nós poderemos usar", afirmou, segundo a agência de notícias Reuters.
A projeção de crescimento da Fazenda está mais otimista do que a do mercado, que vê expansão de 3,8% neste ano e de 3,9% em 2012. E destoa também do tom mais pessimista do BC, que cortou o juro para 12% esta semana.
A presidente Dilma Rousseff disse ontem, em Porto Alegre, que ventos "não muito bons" vindos de países desenvolvidos estão chegando.


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