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PSD de Kassab já é a segunda bancada na Câmara Municipal
Em Brasília, segundo o prefeito de SP, o partido terá entre 50 e 60 deputados federais
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
O prefeito Gilberto Kassab
apresentou ontem a bancada
de vereadores de seu novo
partido, o PSD. Ainda sem registro em São Paulo, mas
aguardando certificação nacional, a sigla nascerá como
a segunda maior na Câmara
Municipal, com expectativa
de, até outubro, tornar-se a
principal legenda da Casa.
Sete vereadores oficializaram o desembarque no PSD e
assinaram uma "declaração
de intenção de filiação", documento que passará a ter
valor legal quando o partido
for registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Com esse número, a bancada de Kassab empata com
a do PSDB como a segunda
maior, e só fica atrás da do
PT, com 11 representantes.
Há, no entanto, um trabalho para consolidar mais
quatro adesões ao PSD até
outubro, o que colocaria o
partido controlado pelo prefeito ao lado do PT.
Assinaram a declaração de
filiação os vereadores Marco
Aurélio Cunha, Edir Salles,
Ushitaro Kamia, Marta Costa
e Domingos Dissei, todos dissidentes do DEM.
Souza Santos e o presidente da Câmara, Police Neto,
que deixaram o PSDB em
abril e estavam sem partido,
completaram as adesões.
O secretário de Trabalho
do município, Marcos Cintra,
ex-PR, vereador licenciado
do mandato, também assinou documento se vinculando à nova sigla.
O vice-governador Guilherme Afif Domingos, principal apoiador do projeto de
Kassab em São Paulo, participou da cerimônia. Ele deixou o DEM para embarcar na
sigla do prefeito e é tratado
por Kassab como um possível candidato à sucessão, o
que ele nega.
NACIONAL
Afif será o responsável por
elaborar o programa partidário do PSD. Segundo ele, essa
missão exigirá viagens constantes pelo país nos próximos seis meses, o que a torna
uma tarefa "incompatível
com as articulações para as
eleições municipais".
Segundo aliados, o prefeito tem reforçado internamente a intenção de lançar candidato próprio à sua sucessão.
Em discursos, ele admite
abrir uma exceção caso o
PSDB lance candidato o ex-governador José Serra, ou
um de seus maiores aliados,
o senador Aloysio Nunes.
Os dois, no entanto, dizem
não querer entrar na disputa.
Em Brasília, o PSD terá, nas
contas do prefeito, pelo menos 50 deputados federais
-com possibilidade de chegar a 60-, o que o colocaria
como a terceira maior força
da Casa, acima do PSDB, PP e
PR, e atrás apenas do PT e do
PMDB.
O tamanho da sigla já faz
com que seus líderes preguem um trabalho para "filtrar" novas filiações. A intenção é "premiar" parlamentares que apoiaram o PSD desde o início e evitando a adesão de adversários regionais.
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