São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2010

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Estudioso foi professor de espião russo

DE BRASÍLIA

Juan Lázaro, nos documentos, era um uruguaio que morava em Nova York. Interessava-se muito por temas relacionados à América Latina, como a guerrilha na Colômbia e o grupo peruano Sendero Luminoso.
O brasilianista Anthony Pereira foi professor, em meados dos anos 90, no New School College, do agora conhecido espião russo, preso nos EUA em junho com mais dez pessoas, sob a acusação de espionagem. "Sempre achei estranho um uruguaio com um sotaque daqueles, mas não havia nada do que desconfiar."
O professor disse ter ficado surpreso quando viu a notícia nos jornais e a implicação do ex-aluno no caso.
Após a prisão, Lázaro admitiu que não nasceu no Uruguai e trabalhou para o "serviço" -em referência à SVR, sucessora da agência de inteligência soviética KGB. Ele também incriminou sua mulher, a jornalista peruana Vicky Peláez, que negou atuar como espiã.
"É uma grande ingenuidade dos serviços secretos infiltrar uma pessoa na sociedade, como ocorreu com o Lázaro, e achar que ele trará informações. Ele não tinha acesso a pessoas portadoras de informações", afirma Pereira, que estudou a CIA. (LF)


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