São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Alckmin deve ser eleito no 1º turno em SP

Tucano tem 55% dos votos válidos, de acordo com Datafolha; Mercadante (PT) perdeu fôlego e parou em 28%

Celso Russomanno (PP) ficou com 9%, e Paulo Skaf (PSB), com 5%; margem de erro é de dois pontos percentuais

UIRÁ MACHADO
DANIELA LIMA
EVANDRO SPINELLI

DE SÃO PAULO

Geraldo Alckmin (PSDB) deve ser eleito hoje governador de São Paulo com 55% dos votos válidos, segundo pesquisa do Datafolha.
Aloizio Mercadante (PT), que cresceu na última semana, perdeu fôlego na reta final e parou com 28%.
A pesquisa, realizada ontem e anteontem com margem de erro de dois pontos percentuais, mostra ainda que Celso Russomanno (PP) ficou com 9%, e Paulo Skaf (PSB), com 5%.
Segundo o Datafolha, 3% dos eleitores afirmam que votarão branco ou nulo, e 5% não sabem em quem votar.
A intenção de voto espontânea em Alckmin chegou a 34%, enquanto em Mercadante ficou na casa dos 18%.
Os eleitores de Alckmin e Mercadante têm conhecimento parecido sobre o número de seus candidatos. Entre os apoiadores do tucano, 60% sabem o que devem digitar na urna eletrônica, contra 62% no caso do petista.
Na simulação de um eventual segundo turno entre Alckmin e Mercadante, o tucano teria 59% das intenções de voto, e o petista, 34%.
Alckmin se sai melhor entre as mulheres (58%) do que entre os homens (51%), ao contrário de Mercadante, que tem mais apoio do eleitorado masculino (33%) do que do feminino.
O tucano tem votação mais expressiva entre os mais ricos (acima de dez salários mínimos), mais velhos (65 anos ou mais) e mais escolarizados (superior completo).
Em São Paulo, quase metade (48%) dos eleitores de Marina Silva (PV) afirmam que votarão em Alckmin, 86% dos de José Serra (PSDB) e 30% dos eleitores de Dilma Rousseff (PT) também escolhem o tucano.
Mercadante, por sua vez, arrebanha 5% do eleitorado de Serra, 57% do de Dilma e 19% do de Marina.

CAMPANHA
Os dois principais nomes da disputa pelo comando do Palácio dos Bandeirantes chegam às urnas hoje buscando no voto uma espécie de redenção.
Após perder duas eleições seguidas- para presidente da República e prefeito de São Paulo-, Alckmin poderá voltar ao cenário político como um dos principais nomes do PSDB no país.
O comando do maior colégio eleitoral do país poderá cacifá-lo, inclusive, para voltar a sonhar com o Palácio da Alvorada.
Embora seja do mesmo partido de Serra e do atual governador, Alberto Goldman, o tucano deverá promover mudanças políticas no governo, se de fato eleito.
Promessa de Serra, o projeto de um trem ligando o aeroporto de Cumbica (Guarulhos) ao centro de São Paulo será engavetado. O programa Escola da Família, bombardeado por Serra, voltará a ser reforçado.
Atrás do tucano, Mercadante tinha nas mãos uma provável reeleição para o Senado. Partiu para o "sacrifício", em nome de pedido de Lula, que queria consolidar um palanque para Dilma no maior colégio eleitoral.
Mercadante aceitou a missão, pensando não apenas no projeto político de Lula, mas vislumbrando uma chance para ele próprio.
Enxergou a possibilidade de retomar trajetória ascendente na carreira política, que ficou abalada após a derrota que ele sofreu-concorrendo ao mesmo Palácio dos Bandeirantes, só que contra Serra, em 2006.
Se derrotado mais uma vez, Mercadante espera contar com um cargo no governo federal, caso Dilma vença.


Texto Anterior: Campanha não teve discussão de propostas
Próximo Texto: Raio-X: Geraldo Alckmin
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.