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Alckmin deve ser eleito no 1º turno em SP
Tucano tem 55% dos votos válidos, de acordo com Datafolha; Mercadante (PT) perdeu fôlego e parou em 28%
Celso Russomanno (PP) ficou com 9%, e Paulo Skaf (PSB), com 5%; margem de erro é de dois pontos percentuais
UIRÁ MACHADO
DANIELA LIMA
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
Geraldo Alckmin (PSDB)
deve ser eleito hoje governador de São Paulo com 55%
dos votos válidos, segundo
pesquisa do Datafolha.
Aloizio Mercadante (PT),
que cresceu na última semana, perdeu fôlego na reta final e parou com 28%.
A pesquisa, realizada ontem e anteontem com margem de erro de dois pontos
percentuais, mostra ainda
que Celso Russomanno (PP)
ficou com 9%, e Paulo Skaf
(PSB), com 5%.
Segundo o Datafolha, 3%
dos eleitores afirmam que votarão branco ou nulo, e 5%
não sabem em quem votar.
A intenção de voto espontânea em Alckmin chegou a
34%, enquanto em Mercadante ficou na casa dos 18%.
Os eleitores de Alckmin e
Mercadante têm conhecimento parecido sobre o número de seus candidatos. Entre os apoiadores do tucano,
60% sabem o que devem digitar na urna eletrônica, contra 62% no caso do petista.
Na simulação de um eventual segundo turno entre
Alckmin e Mercadante, o tucano teria 59% das intenções
de voto, e o petista, 34%.
Alckmin se sai melhor entre as mulheres (58%) do que
entre os homens (51%), ao
contrário de Mercadante,
que tem mais apoio do eleitorado masculino (33%) do que
do feminino.
O tucano tem votação mais
expressiva entre os mais ricos (acima de dez salários
mínimos), mais velhos (65
anos ou mais) e mais escolarizados (superior completo).
Em São Paulo, quase metade (48%) dos eleitores de
Marina Silva (PV) afirmam
que votarão em Alckmin,
86% dos de José Serra (PSDB)
e 30% dos eleitores de Dilma
Rousseff (PT) também escolhem o tucano.
Mercadante, por sua vez,
arrebanha 5% do eleitorado
de Serra, 57% do de Dilma e
19% do de Marina.
CAMPANHA
Os dois principais nomes
da disputa pelo comando do
Palácio dos Bandeirantes
chegam às urnas hoje buscando no voto uma espécie
de redenção.
Após perder duas eleições
seguidas- para presidente
da República e prefeito de
São Paulo-, Alckmin poderá
voltar ao cenário político como um dos principais nomes
do PSDB no país.
O comando do maior colégio eleitoral do país poderá
cacifá-lo, inclusive, para voltar a sonhar com o Palácio da
Alvorada.
Embora seja do mesmo
partido de Serra e do atual
governador, Alberto Goldman, o tucano deverá promover mudanças políticas
no governo, se de fato eleito.
Promessa de Serra, o projeto de um trem ligando o aeroporto de Cumbica (Guarulhos) ao centro de São Paulo
será engavetado. O programa Escola da Família, bombardeado por Serra, voltará a
ser reforçado.
Atrás do tucano, Mercadante tinha nas mãos uma
provável reeleição para o Senado. Partiu para o "sacrifício", em nome de pedido de
Lula, que queria consolidar
um palanque para Dilma no
maior colégio eleitoral.
Mercadante aceitou a missão, pensando não apenas
no projeto político de Lula,
mas vislumbrando uma
chance para ele próprio.
Enxergou a possibilidade
de retomar trajetória ascendente na carreira política,
que ficou abalada após a derrota que ele sofreu-concorrendo ao mesmo Palácio dos
Bandeirantes, só que contra
Serra, em 2006.
Se derrotado mais uma
vez, Mercadante espera contar com um cargo no governo
federal, caso Dilma vença.
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