José Fogaça (PMDB) oscilou negativamente 2 pontos e tem 27%; a governadora Yeda Crusius (PSDB) está com 16%

A vantagem inédita do PT na corrida ao Palácio Piratini foi construída ao explorar as ligações do candidato com Lula

GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE

SILVIO NAVARRO
DE SÃO PAULO

O ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT), 63, deve ser eleito hoje no primeiro turno ao governo do Rio Grande do Sul, com 55% dos votos válidos, segundo pesquisa Datafolha.
De acordo com o instituto, o petista ganhou terreno na última semana antes da eleição e subiu três pontos percentuais -tinha 52% dos votos válidos (excluídos brancos e nulos).
José Fogaça (PMDB) oscilou negativamente dois pontos e agora tem 27%, movimento idêntico ao da governadora Yeda Crusius (PSDB), que aparece com 16%.
Considerando o percentual de intenções de voto, Tarso marca 48%, e Fogaça, 24%. A tucana tem 14%. Outros 4% votarão em branco, e 8% dos eleitores ainda não sabem em quem votar.
A pesquisa foi feita nos dias 1º e 2 deste mês. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
A provável vitória de Tarso derruba o tabu da política gaúcha de não eleger o governador no primeiro turno.
A vantagem inédita do PT na corrida ao Palácio Piratini (sede do governo) foi construída através de uma estratégia de explorar as ligações do candidato com Lula, recordista em popularidade.
O presidente esteve duas vezes em Porto Alegre para pedir votos para o ex-ministro da Justiça.
Embora filiado a uma legenda lulista, Fogaça optou por um discurso de neutralidade em relação à disputa presidencial desde o início da campanha.
Na véspera da eleição, 62% dos eleitores ainda não sabiam seu número para digitar na urna.
Yeda Crusius, 66, deposita suas esperanças na repetição de 2006. Naquele ano, a maioria das pesquisas lhe atribuía o terceiro lugar, deixando-a de fora do segundo turno. Abertas as urnas, liderou o primeiro turno e terminou eleita.


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