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Dilma estuda nome técnico para ocupar chefia da Casa Civil
Apesar da preferência de Lula e do PT por Palocci, eleita
cogita nomear Graça Foster, da Petrobras, para a pasta
Nova presidente disse a aliados que prefere alguém que comande projetos a ter um articulador político na função
JOSIAS DE SOUZA
VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA
A presidente eleita Dilma
Rousseff revelou, em privado, que prefere acomodar na
Casa Civil um nome técnico
em vez de um político. A opção preferida de Dilma é uma
mulher: Maria das Graças Silva Foster, conhecida apenas
como Graça Foster.
Por indicação de Dilma, a
quem é ligada desde que ambas atuavam no setor elétrico
no Rio Grande do Sul, Graça
Foster ocupa a diretoria de
Gás e Energia da Petrobras.
Foster tem perfil assemelhado ao da própria Dilma.
Construiu fama de gerente
eficaz e durona. Fixa metas e
cobra resultados. Por conta
do rigor no trato com os subordinados, ganhou na Petrobras o apelido de "Caveirão" -uma referência ao veículo blindado do Bope, tropa
de elite da PM do Rio.
Seria, assim, uma espécie
de nova Dilma na Casa Civil.
Alguém capaz de cuidar da
coordenação dos principais
programas do governo.
A pretensão de Dilma enfrenta resistências no PT. O
partido trabalhava com a
perspectiva de que o novo
chefe da Casa Civil seria Antonio Palocci (PT-SP).
Lula chegou a pedir, segundo a Folha informou,
que Dilma nomeasse Palocci
para a Casa Civil.
Os que defendem Palocci
argumentam que convém a
Dilma, pouco afeita às negociações políticas, ter do seu
lado um ministro com o jogo
de cintura de Palocci.
Primeiro ministro da Fazenda de Lula, Palocci construiu pontes com o empresariado e com a oposição.
A despeito dos argumentos, Dilma parece preferir
acomodar o petista em outro
ministério, como a Saúde.
A terceira opção para a Casa Civil seria Paulo Bernardo,
titular do Planejamento, por
ser mais político que Foster e
mais técnico que Palocci.
Numa das conversas que
manteve com Lula sobre a
composição do futuro governo, Dilma mencionou o nome de Graça Foster.
A conversa não teve testemunhas. Sabe-se dela apenas o que ambos relataram a
interlocutores.
Dilma teria ouvido de Lula
estímulos para compor sua
equipe com os nomes que
julgar mais apropriados.
Palocci tem dito a aliados
que não se importa com o
cargo que terá, desde que
participe das decisões centrais de governo. Ou seja, não
teria interesse na Saúde.
Segundo pessoas ligadas à
transição, o destino de Palocci poderia ser a articulação
política. Nesse caso, ocuparia o atual Ministério das Relações Institucionais ou uma
remodelada Secretaria-Geral
da Presidência.
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