São Paulo, quarta-feira, 03 de novembro de 2010

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Dilma afirma que "praxe" sugere que ela seja candidata à reeleição

Para presidente eleita, porém, discutir 2014 agora "não é cabível"

DE SÃO PAULO

Em entrevista ao "Jornal da Band", a presidente eleita Dilma Rousseff afirmou ontem que a praxe sugere que ela seja candidata à reeleição em 2014.
Questionada a respeito de declaração do presidente do PT, José Eduardo Dutra, segundo quem Dilma seria candidata natural à reeleição, a presidente eleita respondeu: "Olha, a praxe é essa".
Bem-humorada, acrescentou: "Eu sou mineira e prudente (...) Essa é a praxe: hoje, no Brasil, o presidente eleito tem direito à reeleição. Agora, sem tomar posse, começar a discutir 2014... É botar não a carroça na frente dos bois, é botar a carroça, os carros, os caminhões. Não é cabível isso".
Durante a entrevista, Dilma reforçou a intenção de governar "para todos, sem exceção, inclusive para aqueles que votaram na oposição".
De acordo com Dilma, é natural que exista um acirramento de ânimos na campanha, embora, para ela, a tensão neste ano tenha ido "um pouco além da medida".
A presidente eleita negou que exista uma briga por cargos, mas defendeu o direito dos partidos da base de pleitear posições no governo.
A petista reafirmou compromisso, estabelecido em seu discurso da vitória, de assegurar a liberdade de imprensa. Declarou ser contra qualquer tipo de controle da mídia, mas defendeu o estabelecimento de um marco regulatório para o setor.
De acordo com a presidente eleita, o marco regulamentaria, por exemplo, a participação de capital estrangeiro no setor e a interação entre diferentes mídias. Ela defendeu que a legislação permita adapatações ao longo do tempo, para dar conta de futuras transformações.
Dilma também deu entrevista para o "Jornal do SBT", onde negou que o presidente Lula vá adotar medidas impopulares para preservá-la.
"Não acredito que o presidente vai tomar medidas duras. Ele vai fazer aquilo que ele tem que fazer. Não tem o menor sentido tomar um saco de maldades." Depois, porém, afirmou que pode haver mudanças econômicas na definição do Orçamento.


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