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Próximo a Amorim, Patriota deslanchou sob Lula
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
JULIANA ROCHA
DE BRASÍLIA
Saudado como futuro ministro das Relações Anteriores na 3ª Conferência Brasileiros no Mundo, o diplomata Antônio de Aguiar Patriota
começou sua trajetória rumo
ao cargo em 1994, quando ele
foi para Nova York, sob as ordens do então embaixador
na Organização das Nações
Unidas, Celso Amorim.
Amorim gostou daquele
jovem conselheiro que ele
considerou inteligente e aplicado e fora primeiro de turma
no Instituto Rio Branco.
Essa primeira impressão
consolidou-se no posto seguinte de Patriota, em Genebra, onde Amorim acumulava duas funções: era embaixador junto ao governo da
Suíça e à OMC (Organização
Mundial do Comércio).
Próximo a Amorim, Patriota -cuja nomeação para ministro foi antecipada pela Folha ontem- deslanchou a
carreira no governo Lula.
No primeiro mandato, tornou-se chefe de gabinete do
ministro e depois subsecretário de Política. No início de
2007, assumiu a embaixada
em Washington -posto mais
cobiçado da diplomacia.
Tinha 52 anos e jamais havia sido embaixador. Na volta ao Brasil, em outubro de
2009, ascendeu para a Secretaria Geral do Itamaraty, segundo cargo da hierarquia.
Filho do embaixador Antônio Patriota, o futuro chanceler nasceu no Rio de Janeiro e passou infância e juventude entre Europa, Ásia,
América do Sul e EUA.
Casado com a americana
Tania, com inglês tão fluente
que seus colegas costumam
dizer que ele "não tem sotaque", vai ser difícil classificá-lo de "antiamericanista".
Ainda mais depois da embaixada em Washington.
Patriota conheceu Tania
quando estudava filosofia
em Genebra, onde os dois
acompanhavam os pais diplomatas. São casados há
três décadas e têm dois filhos, Miguel e Thomas.
Enquanto o marido ocupava a embaixada em Washington, ela trabalhava no Fundo
de Populações da ONU no
Haiti. No dia do terremoto, os
dois passaram 12 horas sem
comunicação. Hoje, ela serve
na Colômbia.
Sua escolha para o cargo,
aos 56 anos, conclui o que
Amorim se orgulha de ter começado: uma renovação dos
quadros de comando da política externa brasileira.
Em discurso ontem no Rio
de Janeiro, Patriota disse que
não prevê grandes mudanças no Itamaraty.
Colaborou a Sucursal do Rio
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