São Paulo, sexta-feira, 03 de dezembro de 2010

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Próximo a Amorim, Patriota deslanchou sob Lula

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

JULIANA ROCHA
DE BRASÍLIA

Saudado como futuro ministro das Relações Anteriores na 3ª Conferência Brasileiros no Mundo, o diplomata Antônio de Aguiar Patriota começou sua trajetória rumo ao cargo em 1994, quando ele foi para Nova York, sob as ordens do então embaixador na Organização das Nações Unidas, Celso Amorim.
Amorim gostou daquele jovem conselheiro que ele considerou inteligente e aplicado e fora primeiro de turma no Instituto Rio Branco.
Essa primeira impressão consolidou-se no posto seguinte de Patriota, em Genebra, onde Amorim acumulava duas funções: era embaixador junto ao governo da Suíça e à OMC (Organização Mundial do Comércio).
Próximo a Amorim, Patriota -cuja nomeação para ministro foi antecipada pela Folha ontem- deslanchou a carreira no governo Lula.
No primeiro mandato, tornou-se chefe de gabinete do ministro e depois subsecretário de Política. No início de 2007, assumiu a embaixada em Washington -posto mais cobiçado da diplomacia.
Tinha 52 anos e jamais havia sido embaixador. Na volta ao Brasil, em outubro de 2009, ascendeu para a Secretaria Geral do Itamaraty, segundo cargo da hierarquia.
Filho do embaixador Antônio Patriota, o futuro chanceler nasceu no Rio de Janeiro e passou infância e juventude entre Europa, Ásia, América do Sul e EUA.
Casado com a americana Tania, com inglês tão fluente que seus colegas costumam dizer que ele "não tem sotaque", vai ser difícil classificá-lo de "antiamericanista". Ainda mais depois da embaixada em Washington.
Patriota conheceu Tania quando estudava filosofia em Genebra, onde os dois acompanhavam os pais diplomatas. São casados há três décadas e têm dois filhos, Miguel e Thomas.
Enquanto o marido ocupava a embaixada em Washington, ela trabalhava no Fundo de Populações da ONU no Haiti. No dia do terremoto, os dois passaram 12 horas sem comunicação. Hoje, ela serve na Colômbia.
Sua escolha para o cargo, aos 56 anos, conclui o que Amorim se orgulha de ter começado: uma renovação dos quadros de comando da política externa brasileira.
Em discurso ontem no Rio de Janeiro, Patriota disse que não prevê grandes mudanças no Itamaraty.


Colaborou a Sucursal do Rio


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