São Paulo, domingo, 04 de setembro de 2011

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Marco para mídia é pauta do governo, dizem ministros

Carvalho afirma que falar em censura é "oportunismo" e Ideli defende lei que imponha "limites e direitos" ao setor

Em congresso, petistas aprovam texto que ataca imprensa e prevê para 2012 nomes do PT nas principais capitais

CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA
BERNARDO MELLO FRANCO
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

Um dia depois de o ex-presidente Lula atacar a imprensa na abertura do 4º Congresso do PT, dois ministros afirmaram ontem que a regulamentação dos meios de comunicação está na pauta do governo Dilma e saíram em defesa da proposta.
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), um dos principais interlocutores de Dilma, afirmou que a "o marco regulatório é bom para o país e para a imprensa séria".
Carvalho criticou o tratamento dado pela imprensa ao tema. Segundo ele, "falar em censura é oportunismo".
Ele afirmou que o governo encampará a proposta em elaboração no Ministério das Comunicações.
A Folha apurou que a ideia é acionar o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para impedir que um mesmo grupo atue em diferentes plataformas, como rádio, TV e jornal, num mesmo mercado.
A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) afirmou que o país precisa de uma lei que imponha "limites e direitos" ao setor de comunicações. Ela afirmou, porém, que a presidente Dilma é "terminantemente contra" a censura à imprensa.
"Todos nós [petistas] temos convicção de que a liberdade de imprensa deve ser mantida a qualquer preço e a qualquer custo no país", afirmou a articuladora política.

"JORNALISMO MARROM"
Ontem, o PT aprovou o texto-base da resolução política de seu congresso, que faz ataques à mídia e prevê o lançamento de candidaturas próprias à prefeitura das principais capitais em 2012.
"Como partido que busca alianças para suas vitórias, o PT poderá também apoiar candidaturas de outros partidos governistas."
O trecho da resolução sobre a imprensa diz que "o jornalismo marrom de certos veículos" deve ser "responsabilizado toda vez que falsear os fatos ou distorcer as informações para caluniar, injuriar ou difamar".


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