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FOCO
Para melhorar imagem, TJ lança guia de "auto-ajuda"
Cartilha para juízes tenta ensinar como se relacionar com a imprensa sem ser arrogante e como espantar fama de ociosidade
ANDRÉA MICHAEL
DE SÃO PAULO
O Tribunal de Justiça de
São Paulo começou a distribuir nos últimos dias o "Guia
Prático de Relacionamento
Magistratura e Imprensa".
A iniciativa é uma espécie
de cartilha, com dicas aos togados sobre como se relacionar com os jornalistas e, assim, melhorar a imagem do
Judiciário na mídia.
Entre as sugestões apresentadas no livreto de 38
páginas estão atender sempre aos pedidos de entrevista, dizer a verdade ao jornalista e não se decepcionar
com o tamanho das notícias.
Incentiva ainda a tirar da
cabeça a ideia de que existe
articulação política para prejudicar algum magistrado e
evitar a arrogância.
"Esse material faz parte de
um conjunto de ações que estamos desenvolvendo para
mostrar que nestes gabinetes
se trabalha", diz o desembargador Carlos Teixeira Leite
Filho, presidente da Comissão de Imprensa e Comunicação do TJ-SP.
Segundo ele, as decisões
tomadas pelos magistrados
têm repercussão de interesse
público, apesar de "desagradar a metade das partes".
ARROGÂNCIA
Questionado sobre se considera os magistrados arrogantes, Teixeira Leite respondeu: "Um juiz exerce autoridade. E, às vezes, isso pode ser confundido com arrogância. Pode também ser um
reflexo de insegurança, o que
é algo comum em qualquer
ser humano, não apenas em
magistrados".
Há recomendação ao magistrado para ter cuidado
com informações em "off",
ou seja, aquelas repassadas
sob a condição de que a fonte
não seja revelada.
De acordo com o guia, o
jornalista só é grande amigo
da fonte quando são amigos
"desde a infância". Mas há
um alerta: "não quer dizer
que não deva haver confiança; no entanto, desilusões
nesse campo são comuns".
Serão distribuídos 4.000
exemplares do material para
magistrados da ativa e aposentados do Estado, além de
integrantes da imprensa.
Teixeira Leite disse que ficará "muito satisfeito" se, como resultado da publicação,
houver uma melhoria da relação entre a imprensa e a
magistratura e se "o Judiciário for citado menos injustamente" nas notícias. "Crítica
justa tem que ser feita."
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