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ANÁLISE
Patrimônio acumulado pode dar força a plataforma verde
RICARDO BALTHAZAR
DE SÃO PAULO
Encerrada a primeira etapa da disputa presidencial,
Marina Silva tem dois desafios. O mais urgente é definir
o que fazer no segundo turno. O mais trabalhoso será
impedir que a plataforma
que ela esboçou na campanha caia no esquecimento.
Marina ficará sem mandato a partir do próximo ano e
só terá outra chance de se
candidatar a presidente em
2014. Ela precisará se manter
em evidência se quiser ser
lembrada quando se apresentar de novo aos eleitores.
Seus colaboradores mais
próximos começaram há algumas semanas a pensar no
que fazer, mas abortaram o
debate há alguns dias, quando perceberam que a disputa
poderia ir ao segundo turno.
Marina deverá assumir a
liderança de um centro de estudos criado por seus aliados
no início do ano, o Instituto
Democracia e Sustentabilidade. Ela poderá usá-lo para
dar substância às propostas
lançadas na campanha e tentar influir no debate público.
Não vai faltar assunto. Assim que deputados e senadores voltarem ao trabalho, será retomada a discussão do
novo Código Florestal brasileiro, que diminui a reserva
de mata nativa que os fazendeiros precisam preservar.
Marina é contra a iniciativa.
Também está na pauta do
Congresso um projeto que
procura definir melhor as
atribuições do governo federal, dos Estados e dos municípios no processo de licenciamento ambiental, para reduzir os riscos que os investidores enfrentam hoje em dia.
O futuro de Marina dependerá dos resultados que ela
alcançar ao usar seu patrimônio político para influir na
discussão de propostas como
essas. Até aqui, as boas intenções da sua plataforma
bastaram para seduzir milhões de eleitores. Na próxima vez, será preciso demonstrar sua capacidade de transformar ideias em realidade.
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