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Filho de Dirceu e outros 48 são detidos
Das 420 mil urnas eletrônicas pelo país, 2.244 apresentaram problemas
Para presidente do TSE, urna biométrica e voto em trânsito, novidades para essas eleições, foram "um sucesso"
DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO
Pelo menos 49 candidatos
foram presos em flagrante
ontem por prática de crime
eleitoral. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral),
houve outras 251 irregularidades envolvendo políticos.
Entre os detidos está o candidato a deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), filho do
ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, por suposta prática de boca de urna.
De acordo com o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, as demais prisões foram por transporte ilegal de
eleitores, propaganda irregular, compra de votos e, principalmente, boca de urna.
No total, 1.089 eleitores foram presos pelo país e outros
1.680 se envolveram em problemas, mas não precisaram
ser detidos pela polícia.
Lewandowski anunciou
que três pessoas morreram
de causa natural enquanto
votavam. Os casos aconteceram em São Paulo, na Paraíba e em Alagoas.
Das 420 mil urnas eletrônicas existentes no Brasil, apenas 2.244 delas tiveram que
ser substituídas, ou 0,56%.
Seis foram trocadas pela votação manual, mas os votos
foram digitalizados e incluídos no sistema eletrônico da
Justiça eleitoral.
Ainda para o presidente do
TSE, o voto biométrico "foi
um sucesso, com 93,5% de
reconhecimento das digitais
dos eleitores. "Mesmo os outros 7% não tiveram problemas para votar", disse.
A urna biométrica, que reconhece o eleitor por sua impressão digital, foi utilizada
em 60 municípios do país.
VOTO EM TRÂNSITO
Diversas sessões eleitorais
no país preparadas para o voto em trânsito apresentaram
filas e espera. O TSE não divulgou informações sobre
problemas nesses locais.
Ao votar na manhã de ontem, Lewandowski passou
na frente das pessoas que esperavam para votar e foi alvo
de reclamações de eleitores.
O ministro argumentou que
estava trabalhando.
Foi a primeira vez em que o
eleitor teve a chance de votar
fora de seu domicílio eleitoral. Cerca de 80 mil pessoas
se inscreveram para votar em
trânsito, prática ocorrida em
todas as capitais brasileiras.
SÃO PAULO
No Estado de São Paulo,
de acordo com a Polícia Militar, ocorreram 216 casos de
boca de urna, distribuição de
panfletos, desacato a servidor público, desacato a mesário e também de transporte
irregular de eleitores.
Em Taboão da Serra, região metropolitana de São
Paulo, 27 pessoas foram detidas por fazerem propaganda
em pleno dia de votação.
Cada um dos 27 detidos foi
alvo de um TC (Termo Circunstanciado). Todos poderão responder pelo crime de
propaganda política ilegal,
conforme prevê o artigo 39 da
lei 9.504/97, que regulamenta as eleições.
SEGUNDO DOCUMENTO
Ao contrário do que se
imaginava antes do início da
votação, em várias zonas
eleitorais de São Paulo a exigência de um documento
com foto para identificar os
eleitores não foi seguida pelos mesários.
A não exigência da identificação com foto aconteceu,
por exemplo, na 372ª zona
eleitoral, no Parque Figueira
Grande (zona sul de SP), de
acordo com eleitores ouvidos
pela reportagem no fim da
tarde de ontem.
A inspetora da alunos Maria da Graça Sanches, que dava orientações sobre votação
na escola Conselheiro Antônio Prado, na Barra Funda
(zona oeste de São Paulo),
afirmou que não se deparou
com ninguém impedido de
votar por falta de documentos com fotos. "Eu mesma,
que voto em outra escola, votei apenas com o título de
eleitor", declarou.
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