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Aliados de Lula batem velha guarda no Senado
Base aliada conseguiu emplacar 43 dos 54 candidatos eleitos ontem
PT terá 15 senadores na próxima legislatura, contra oito atuais; PSDB perde duas vagas e fica com 11 representantes
SILVIO NAVARRO
MAURICIO PULS
DE SÃO PAULO
As eleições para o Senado
confirmaram uma onda vitoriosa de candidatos que foram às urnas apoiados pelo
presidente Lula e impuseram
derrotas à velha guarda na
oposição na Casa.
Dos 54 senadores eleitos
ontem, 43 são de partidos
que integram a atual base governista, dez de oposição e
um de sigla independente.
Outros 27 têm mais quatro
anos de mandato.
Nos últimos anos, a oposição se amparava na bancada
do Senado para tentar contrabalancear o peso da base
"lulista" na Câmara.
Uma das derrotas mais duras do governo ocorreu na
Casa: a derrubada da prorrogação da CPMF.
O resultado que sai das urnas indica que, se for eleita
no segundo turno, Dilma
Rousseff (PT) poderia ter um
robusto arco de apoio na Casa -58 ou 59 cadeiras, ante
as 39 atuais. Caso José Serra
(PSDB) vire a eleição, o fortalecimento de sua base passaria por aliança com o PMDB.
Esse número é relativizado
porque há três senadores que
podem estar eleitos -Jader
Barbalho (PMDB-PA), Cássio
Cunha Lima (PSDB-PB) e Ivo
Cassol (PR-RO)-, mas suas
candidaturas seguem embargadas na Justiça devido à Lei
da Ficha Limpa.
O PMDB terá uma bancada
de 20 senadores, três a mais
do que a atual (o total subirá
se a Justiça liberar Jader).
Proporcionalmente, quem
mais ganhou espaço no Senado foi o PT. O partido praticamente dobrou seu time e
saltará de oito para 15 eleitos.
A legenda pode perder a vaga
de Fátima Cleide (caso a Justiça opte por liberar a candidatura de Cassol), mas deverá herdar a cadeira de Renato
Casagrande (PSB), eleito governador do Espírito Santo.
Outros senadores eleitos
para governos estaduais foram Raimundo Colombo
(DEM-SC), cuja suplente é do
PSDB, e Rosalba Ciarlini
(DEM-RN) -seu suplente é
do PMDB.
OPOSIÇÃO
Na oposição, o PSDB perdeu duas vagas e terá 11 senadores. O 12º poderá ser Cássio
Cunha Lima (PB). Dois nomes históricos sofreram
amargo revés: Tasso Jereissati (CE) e Arthur Virgílio (AM).
A principal liderança do
partido na próxima legislatura será o ex-governador Aécio Neves (MG), que carregou
o ex-presidente Itamar Franco (PPS), outro novo nome da
oposição. A eleição dos dois
faz com que Minas tenha três
nomes da oposição na Casa,
já que Eliseu Padilha (DEM)
ainda mantém seu mandato.
O DEM terá seis senadores,
após as derrotas de Marco
Maciel (PE), Heráclito Fortes
(PI) e Efraim Morais (PB). Cesar Maia (RJ) não se elegeu.
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