São Paulo, segunda-feira, 04 de outubro de 2010

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Aliados de Lula batem velha guarda no Senado

Base aliada conseguiu emplacar 43 dos 54 candidatos eleitos ontem

PT terá 15 senadores na próxima legislatura, contra oito atuais; PSDB perde duas vagas e fica com 11 representantes

SILVIO NAVARRO
MAURICIO PULS

DE SÃO PAULO

As eleições para o Senado confirmaram uma onda vitoriosa de candidatos que foram às urnas apoiados pelo presidente Lula e impuseram derrotas à velha guarda na oposição na Casa.
Dos 54 senadores eleitos ontem, 43 são de partidos que integram a atual base governista, dez de oposição e um de sigla independente.
Outros 27 têm mais quatro anos de mandato.
Nos últimos anos, a oposição se amparava na bancada do Senado para tentar contrabalancear o peso da base "lulista" na Câmara.
Uma das derrotas mais duras do governo ocorreu na Casa: a derrubada da prorrogação da CPMF.
O resultado que sai das urnas indica que, se for eleita no segundo turno, Dilma Rousseff (PT) poderia ter um robusto arco de apoio na Casa -58 ou 59 cadeiras, ante as 39 atuais. Caso José Serra (PSDB) vire a eleição, o fortalecimento de sua base passaria por aliança com o PMDB.
Esse número é relativizado porque há três senadores que podem estar eleitos -Jader Barbalho (PMDB-PA), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Ivo Cassol (PR-RO)-, mas suas candidaturas seguem embargadas na Justiça devido à Lei da Ficha Limpa.
O PMDB terá uma bancada de 20 senadores, três a mais do que a atual (o total subirá se a Justiça liberar Jader).
Proporcionalmente, quem mais ganhou espaço no Senado foi o PT. O partido praticamente dobrou seu time e saltará de oito para 15 eleitos. A legenda pode perder a vaga de Fátima Cleide (caso a Justiça opte por liberar a candidatura de Cassol), mas deverá herdar a cadeira de Renato Casagrande (PSB), eleito governador do Espírito Santo.
Outros senadores eleitos para governos estaduais foram Raimundo Colombo (DEM-SC), cuja suplente é do PSDB, e Rosalba Ciarlini (DEM-RN) -seu suplente é do PMDB.

OPOSIÇÃO
Na oposição, o PSDB perdeu duas vagas e terá 11 senadores. O 12º poderá ser Cássio Cunha Lima (PB). Dois nomes históricos sofreram amargo revés: Tasso Jereissati (CE) e Arthur Virgílio (AM).
A principal liderança do partido na próxima legislatura será o ex-governador Aécio Neves (MG), que carregou o ex-presidente Itamar Franco (PPS), outro novo nome da oposição. A eleição dos dois faz com que Minas tenha três nomes da oposição na Casa, já que Eliseu Padilha (DEM) ainda mantém seu mandato.
O DEM terá seis senadores, após as derrotas de Marco Maciel (PE), Heráclito Fortes (PI) e Efraim Morais (PB). Cesar Maia (RJ) não se elegeu.


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