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Aloysio e Marta são eleitos ao Senado
Após arrancada, tucano vence a disputa em São Paulo com número recorde de votos; Netinho de Paula fica fora
Com 11,2 milhões de votos, Aloysio superou Mercadante como o senador mais votado da história de São Paulo
RICARDO WESTIN
FLÁVIA MANTOVANI
LETICIA DE CASTRO
DE SÃO PAULO
Aloysio Nunes (PSDB)
contrariou as últimas pesquisas e, após uma arrancada,
elegeu-se como o senador
mais votado da história de
São Paulo. O segundo assento paulista do Senado ficou
com Marta Suplicy (PT).
Netinho (PC do B), em terceiro lugar, não se elegeu.
À 0h10, com 99,94% das
urnas apuradas, o tucano tinha 11.183.601 votos
-30,43% dos votos válidos.
O recordista anterior era
Aloizio Mercadante (PT). Em
2002, teve perto de 10,5 milhões de votos para o Senado.
À 0h10, Marta tinha 22,6%
dos votos. E Netinho, 21,13%.
Depois, apareciam Ricardo Young (PV), com 11,2%, e
Romeu Tuma (PTB), com
10,8%, que está internado no
hospital Sírio-Libanês com
insuficiência respiratória.
Nenhum dos demais candidatos obteve mais de 1,2%.
Aloysio e Marta se juntarão a Eduardo Suplicy (PT),
eleito em 2006 e com mandato até 2014. Assim, dos três
assentos paulistas, dois serão do PT e um, do PSDB.
"Meu coração está transbordando de alegria e gratidão", discursou Aloysio ontem à noite na festa do PSDB
em São Paulo. "Amanhã já
estaremos na luta para levar
Serra à Presidência."
"Espero ser o braço direito
de Dilma [candidata do PT à
Presidência] no Senado",
disse Marta após votar.
Aloysio foi ministro da Justiça de FHC e secretário estadual da Casa Civil na gestão
Serra. Marta foi prefeita de
São Paulo e ministra do Turismo de Lula.
Os dois ocuparão as vagas
pertencentes a Tuma e Mercadante, derrotado na disputa pelo governo.
Aloysio começou a corrida
eleitoral fora da lista de favoritos. Em julho, o Datafolha
mostrava o tucano com 4%.
Marta sempre esteve entre
os primeiros. Netinho chegou a ser o líder.
A última pesquisa Datafolha, publicada ontem, mostrava um empate técnico entre Netinho (24%), Marta
(24%) e Aloysio (22%).
A mudança mais drástica
na briga pelo Senado ocorreu
no início de setembro, quando Orestes Quércia (PMDB)
deixou a campanha para tratar-se de um câncer. Estava
em segundo lugar, com 26%,
empatado com Netinho.
Aloysio e Marta, pretendendo herdar os votos de
Quércia, negociaram um
pacto de não-agressão.
Quércia segue internado,
também no Sírio-Libanês.
Colaborou CLÁUDIA COLLUCCI
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