São Paulo, segunda-feira, 04 de outubro de 2010

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Aloysio e Marta são eleitos ao Senado

Após arrancada, tucano vence a disputa em São Paulo com número recorde de votos; Netinho de Paula fica fora

Com 11,2 milhões de votos, Aloysio superou Mercadante como o senador mais votado da história de São Paulo

RICARDO WESTIN
FLÁVIA MANTOVANI
LETICIA DE CASTRO

DE SÃO PAULO

Aloysio Nunes (PSDB) contrariou as últimas pesquisas e, após uma arrancada, elegeu-se como o senador mais votado da história de São Paulo. O segundo assento paulista do Senado ficou com Marta Suplicy (PT).
Netinho (PC do B), em terceiro lugar, não se elegeu. À 0h10, com 99,94% das urnas apuradas, o tucano tinha 11.183.601 votos -30,43% dos votos válidos.
O recordista anterior era Aloizio Mercadante (PT). Em 2002, teve perto de 10,5 milhões de votos para o Senado.
À 0h10, Marta tinha 22,6% dos votos. E Netinho, 21,13%. Depois, apareciam Ricardo Young (PV), com 11,2%, e Romeu Tuma (PTB), com 10,8%, que está internado no hospital Sírio-Libanês com insuficiência respiratória.
Nenhum dos demais candidatos obteve mais de 1,2%. Aloysio e Marta se juntarão a Eduardo Suplicy (PT), eleito em 2006 e com mandato até 2014. Assim, dos três assentos paulistas, dois serão do PT e um, do PSDB. "Meu coração está transbordando de alegria e gratidão", discursou Aloysio ontem à noite na festa do PSDB em São Paulo. "Amanhã já estaremos na luta para levar Serra à Presidência."
"Espero ser o braço direito de Dilma [candidata do PT à Presidência] no Senado", disse Marta após votar.
Aloysio foi ministro da Justiça de FHC e secretário estadual da Casa Civil na gestão Serra. Marta foi prefeita de São Paulo e ministra do Turismo de Lula.
Os dois ocuparão as vagas pertencentes a Tuma e Mercadante, derrotado na disputa pelo governo.
Aloysio começou a corrida eleitoral fora da lista de favoritos. Em julho, o Datafolha mostrava o tucano com 4%. Marta sempre esteve entre os primeiros. Netinho chegou a ser o líder.
A última pesquisa Datafolha, publicada ontem, mostrava um empate técnico entre Netinho (24%), Marta (24%) e Aloysio (22%).
A mudança mais drástica na briga pelo Senado ocorreu no início de setembro, quando Orestes Quércia (PMDB) deixou a campanha para tratar-se de um câncer. Estava em segundo lugar, com 26%, empatado com Netinho.
Aloysio e Marta, pretendendo herdar os votos de Quércia, negociaram um pacto de não-agressão. Quércia segue internado, também no Sírio-Libanês.


Colaborou CLÁUDIA COLLUCCI


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