São Paulo, quinta-feira, 05 de maio de 2011

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Imagens

Anteontem o diretor da CIA, Leon Panetta, declarou ao "Nightly News", da NBC, que "não há dúvida de que no fim das contas uma foto será apresentada", com Osama bin Laden morto. Porém, os secretários de Defesa, Robert Gates, e de Estado, Hillary Clinton, pressionavam contra, segundo a ABC.
E ontem o presidente Barack Obama declarou ao "60 Minutes", da CBS, que adiantou uma passagem da entrevista no site, que não apresentaria fotografia nenhuma, encerrando os três dias de especulações -e ansiedade- na cobertura.
Logo depois a Reuters soltou as fotos que comprou de um agente paquistanês, mostrando outros mortos. Foi manchete do "Guardian" ao Drudge Report, com filtros de alerta. O "New York Times" linkou em blog, não na home, para o jornal inglês.
O espanhol "El País" abriu uma das fotos na home.

//AS LEIS DA GUERRA
Por toda parte, ontem nos EUA, a mudança na "narrativa" da morte de Bin Laden foi tratada como indício de uma "execução". Até o âncora Shep Smith, o menos conservador da Fox News, saiu dizendo que a morte foi "ilegal".
Sob pressão, a Casa Branca divulgou comunicado, reproduzido por "NYT" e outros, dizendo que "a equipe tinha autorização para matar, a menos que ele oferecesse se entregar", e se "conduziu de forma inteiramente consistente com as leis da guerra".
Já na segunda a Reuters havia despachado a reportagem "Missão da equipe dos EUA era matar Bin Laden, não capturar", citando autoridade de segurança nacional dos EUA.

nytimes.com
O "NYT" postou na íntegra o alerta sobre as consequências da "retórica antichinesa em Washington"

//OS TRILHÕES DE PEQUIM
No "China Daily", "China apoia Paquistão na luta contra o terror", em contraponto às críticas públicas dos EUA ao país, por ter abrigado Bin Laden.
Mas o destaque de China no "NYT" era outro, "Conforme a China investe, os EUA podem perder". Estudo do "think tank" americano Asia Society alerta que, "após três décadas investindo centenas de bilhões" na China, Washington "não quer participar agora que Pequim está prestes a devolver o favor". Culpa "a retórica antichinesa" na política. O estudo calcula que, ao longo da década, Pequim deve investir US$ 2 trilhões mundo afora.
No fim de semana no "China Daily", a reportagem "Fundo em yuan vai ajudar América Latina" revelou a criação de um fundo soberano voltado à infraestrutura na região.

//FEBRE SOCIAL
O "Financial Times" abriu na home o lançamento de ações da rede social chinesa Renren, "o Facebook da China", ontem na Bolsa de Nova York, dizendo que elas "voam".
Em análise, a coluna Lex avisou às outras redes sociais, com ironia, que "todo mundo deveria correr". No original, "runrun".
No "WSJ", "Nem mesmo os problemas contábeis conseguem conter o IPO da Renren". Na "Forbes", "Renren lembra febre da internet nos anos 90".

ft.com
LONGE DO DÓLAR No "FT", "México compra ouro, um bocado de ouro", cem toneladas. "Diversifica para longe do dólar, seguindo outros mercados emergentes, inclusive China, Índia e Rússia". Brasil, não

//QUARENTENA PARA O DÓLAR?
No topo das buscas por Google News e Yahoo News, a Bloomberg noticiou que a "Entrada de dólar no Brasil despencou 88% em abril, com aumento da taxação de empréstimo externo". Mas o dólar não se valoriza e "Guido Mantega não descarta novos passos".
E o "FT" destacou que a "Siemens alerta contra valorização do real", ecoando por "WSJ" e agências. O presidente da empresa no país cobrou "medidas mais duras", sugerindo até a "quarentena de aplicações estrangeiras, opção drástica de controle usada pelo Chile na década de 90". Se o dólar cair para menos de R$ 1,50, afirma ele, "será um desastre para nós".


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