São Paulo, terça-feira, 05 de julho de 2011 |
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FOCO Promessa de cargo de Valdemar é "dívida", afirmam deputados MARIA CLARA CABRAL DE BRASÍLIA Uma das principais características da atuação de Valdemar Costa Neto (PR-SP) na Câmara é dominar a bancada prometendo e entregando cargos nos Estados. Deputados dizem que "promessa de Valdemar é dívida". Atual secretário-geral do PR, é um dos principais dirigentes na legenda e tem influência no Ministério dos Transportes. O próprio ministro Alfredo Nascimento é nome de sua confiança. Valdemar era o padrinho do ex-diretor da Valec José Francisco das Neves, conhecido como Juquinha. Os dois são citados pela revista "Veja" por envolvimento em esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina, ao lado de servidores ligados à pasta. Foi de Valdemar a ideia de levar para o partido grandes puxadores de votos, como Tiririca, em São Paulo, e Anthony Garotinho, no Rio. Mas, apesar de seu amplo leque de influências, Valdemar não é unanimidade entre os congressistas da sigla-hoje são 40 deputados e cinco senadores. Alguns se dizem insatisfeitos com seus "desmandos". Réu na ação penal do mensalão, foi acusado pela ex-mulher Maria Christina de Mendes Caldeira, a socialite paulista, de recebimento de propinas, relações espúrias com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e compra de um partido "nanico", o PMN. Na época, o deputado disse que a verba que recebeu de Delúbio seria usada para financiar a campanha do PT. Renunciou em 2005 para escapar de cassação, se reelegendo logo em seguida para o mesmo cargo. Atualmente está no sexto mandato. Também teve o nome citado nas investigações da Operação Castelo de Areia, que apurou crimes envolvendo executivos do Grupo Camargo Correa, fato que nega. Foi o responsável pela fusão do antigo PL com o Prona, formando o atual PR. Texto Anterior: Transportes: Afastado, diretor vai ao trabalho Próximo Texto: Rivais pedem apuração de ida de Cabral às Bahamas Índice | Comunicar Erros |
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