São Paulo, domingo, 05 de setembro de 2010 |
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Investigação do caso deve ser profunda, diz Ives Gandra
CLAUDIA ROLLI Folha - O sr. acha que a Receita virou um instrumento de grupos políticos? Ives Gandra da Silva Martins - Seria leviano dizer, por enquanto, que sim. Aqueles que foram aparentemente perseguidos [tiveram sigilos quebrados] estavam na oposição [PSDB], o que é extremamente grave e representa que houve direcionamento. Mas tem o caso da Ana Maria Braga (apresentadora que também teve sigilo quebrado), em que não houve direcionamento político. Por isso o caso deve ser apurado com o máximo rigor. Essa investigação tem de ser profunda. Como o sr. crê que deva ser feita essa investigação ? Deve esclarecer de quem foi a responsabilidade, a quem interessava e com que objetivo, se foi político ou não. O caso deve ser apurado como foi o de Watergate [escândalo que derrubou o presidente americano Richard Nixon]. Se o governo é inocente, deve ser o maior interessado em desvendar tudo isso. O comando da Receita perdeu o controle do órgão? O sigilo de dados é assegurado pela Constituição e pela lei e a Receita não o assegurou. Todos que tiveram seus dados violados tem o direito a ingressar com ação de indenização contra o governo. Texto Anterior: Disputa interna inchou diretório do PT em Mauá Próximo Texto: Frase Índice |
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