São Paulo, domingo, 05 de setembro de 2010

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RIO DE JANEIRO

Crivella dribla TRE e usa imagem de Lula

Senador do PRB mantém placas de propaganda com foto do presidente e utiliza depoimento de Dilma em campanha

Apesar de não fazer parte de coligação do PT no Rio, Crivella, como outros dois adversários, é da base governista

ITALO NOGUEIRA
DO RIO

Contrariando decisão da Justiça Eleitoral, o senador Marcelo Crivella (PRB), que tenta a reeleição, mantém placas ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e usa depoimento da candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) em sua campanha.
O drible no Tribunal Regional Eleitoral revela a disputa pela imagem de Lula no Estado. No acirrada embate pelas duas vagas ao Senado, 3 dos 4 principais candidatos estão na base governista.
O TRE proibiu, em liminar há duas semanas, que o senador utilize a imagem de Lula em seu programa porque o PT participa de outra coligação -cujos candidatos são o ex-prefeito Lindberg Farias (PT) e o deputado Jorge Picciani (PMDB).
O pedido para que o depoimento fosse retirado foi feito pela coligação Juntos Pelo Rio (da qual PT, PMDB e mais 14 siglas fazem parte) minutos após a veiculação do primeiro programa de TV.
A medida foi tomada pelo grupo ligado a Picciani, que não obteve depoimento de Lula, que só gravou para Crivella e Lindberg.
Após a vitória no tribunal, peemedebistas tentam convencer Lula a se empenhar na campanha de Picciani. O argumento é que a ausência de Lula, combinada com a queda de Crivella, pode fortalecer Cesar Maia (DEM), segundo na disputa, com 32% das intenções de voto.
Crivella, à frente nas pesquisas (37%), segundo o Datafolha, respeitou em parte a decisão. Retirou o depoimento do petista do programa e de seu site e a chamada "Crivella, o senador do Lula" da internet. Mas mantém placas ao lado do presidente e usa jingle citando o petista.
Dilma, que também não poderia participar, teve publicado depoimento na TV e na internet. A assessoria de Crivella não se manifestou.
Lula tentou convencer o governador Sérgio Cabral (PMDB), candidato a reeleição, a incluir Crivella na coligação. Como Lindberg e Picciani não abriram mão, o senador ficou isolado. O petista, mesmo assim, optou pelo candidato do PRB.


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