São Paulo, quarta-feira, 05 de outubro de 2011

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Ex-assessor de deputado alertou governo em junho

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

O governo de São Paulo investiga desde o dia 20 de junho a suspeita da existência de um comércio de emendas na Assembleia Legislativa.
Na ocasião, um ex-assessor do ex-deputado José Antonio Bruno (DEM) disse à Corregedoria-Geral do Estado que havia testemunhado pagamento de propina em troca de emendas no gabinete do ex-deputado.
O relato foi feito à corregedoria quase dois meses antes de o suposto esquema de venda de emendas na Casa ser citado pelo deputado Roque Barbiere (PTB) em entrevista ao jornal "Folha da Região", de Araçatuba.
Desde então, o governador Geraldo Alckmin tem afirmado que o Palácio dos Bandeirantes desconhecia o suposto esquema descrito por Barbiere. "O governo quer apurar. (...) Só precisa de um caso concreto", afirmou Alckmin anteontem.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do governo disse que as declarações do governador e de secretários sobre o escândalo referiam-se exclusivamente às acusações de Barbiere e que não há contradição entre o que disse o governador e a apuração da Corregedoria.
As acusações do ex-assessor de Bruno vinham sendo tratadas com discrição. Desde junho a Corregedoria-Geral tomou depoimentos de três ex-assessores dele.
Todos teriam apontado irregularidades no gabinete do ex-deputado. Bruno não disputou a reeleição em 2010.
Ontem, o jornal "O Estado de S. Paulo" relatou trechos do segundo depoimento do ex-assessor, dado na sexta. Segundo a publicação, ele afirmou à corregedoria que o ex-deputado pegou "um maço de notas de R$ 100 em dinheiro", de um lobista.
Bruno rechaçou as acusações e disse que pode ter sido enganado por ex-funcionários de gabinete.


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