São Paulo, segunda-feira, 06 de setembro de 2010 |
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Votaram mal em Dourados, diz interino Juiz tomou posse na prefeitura da cidade, após Polícia Federal ter desmantelado esquema local de corrupção Prefeito, vice e presidente da Câmara são suspeitos de fraudes em licitação e desvio de verba pública na cidade
RODRIGO VARGAS FOLHA - Alguma vez o sr. pensou entrar para a política? EDUARDO MACHADO ROCHA - Nunca. Eu fiz uma carreira dentro da magistratura e evidentemente o magistrado pensa na carreira dele, e não na política. A possibilidade de ter de assumir a prefeitura passou a me preocupar no momento em que a imprensa tratou do assunto. Como vê o desafio? Olha, não é fácil. É uma experiência inteiramente nova. E como a decisão foi muito rápida, não tive muito tempo para me preparar. Mas o objetivo é restabelecer o comando da prefeitura, dar andamento em todas as atividades das secretarias e tentar restabelecer a ordem. Quanto tempo irá durar seu mandato? Não há prazo definido. Podemos dizer que, assim que restabelecer a ordem, cessa a minha função. Em seu discurso de posse, o sr. falou em "passar a limpo" o município. Como planeja fazer isso? Fazendo auditorias o mais rápido possível, com a ajuda do Ministério Público. Estamos colocando pessoas de extrema confiança para nos auxiliar. Pelo que pude perceber, cada secretaria tem seus problemas. Existem, por exemplo, muitas pessoas que recebem sem trabalhar. Onde avalia que a situação é mais grave? A situação da saúde em Dourados é caótica. Isso eu pude constatar em reunião com médicos e diretores de hospitais. Do jeito que estava, se o prefeito anterior continuasse no poder, em 15 dias a saúde do município pararia por falta de medicamentos, por falta de tudo. É um caos. Por que decidiu manter o secretário Eleandro Passaia, que fez as denúncias? Tive uma longa conversa com ele e dei a ele um voto de confiança. Senti que ele vai nos ajudar. Como a população de Dourados reagiu a esse turbilhão? A população se sente traída. Votou mal e está sentindo o peso que é colocar uma pessoa que não tem a mínima capacidade, administrativa ou moral, para exercer um mandato eletivo. Isso deve servir de lição para população de todo o país. A população tem que votar com consciência e eleger pessoas decentes. Texto Anterior: Governo monitora imagem no exterior Próximo Texto: Frases Índice |
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