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Envolvido em
quebra "some" de seu bairro
DE SÃO PAULO
O bar na rua Líbano, em
Francisco Morato (Grande
São Paulo), que aos sábados e domingos era aberto
pelo office boy Ademir Estevam Cabral, ficou fechado
neste final de semana.
Apontado como um dos
portadores da procuração
falsa usada para quebrar o
sigilo de Veronica Serra, Cabral não foi visto mais no
bairro desde o começo da
semana passada, quando o
nome dele foi envolvido no
caso por Antonio Carlos
Atella Ferreira, que protocolou o documento falso na
Receita Federal.
A ex-companheira de Cabral, conhecida como dona
Baiana, disse que ele ligou
no sábado e avisou que
aguardava ser intimado pelas autoridades, e se isso
ocorresse, iria se apresentar
na quarta-feira.
Ela demonstrou indignação com as suspeitas sobre
Cabral. "Ele mal sabe escrever e nem usa computador.
Como é que poderia se envolver em uma coisa grande
como essa?"
O dono do imóvel onde fica o bar, o segurança Edno
Cláudio Santana, estranhou a ausência do office
boy para fazer o "bico" de
fim de semana, mas disse
não acreditar que Cabral tenha envolvimento direto na
quebra do sigilo.
"Conheço o Ademir há
mais de dez anos. Ele é apenas mais um trabalhador.
Todo mundo aqui no bairro
considera o Ademir uma
pessoa de bem."
Outro amigo de Cabral, o
pintor Eduardo Araújo Soares, emenda: "a casa cai
sempre para os mais fracos".
(FLÁVIO FERREIRA)
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