São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2010

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Ciro coordenará campanha no Nordeste

DE BRASÍLIA

O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) foi anunciando ontem como um dos novos coordenadores para a região Nordeste da campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência.
Logo na estreia, Ciro fez críticas indiretas aos recentes escândalos de irregularidades no governo, como a demissão de Erenice Guerra e a quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB.
Ele disse que os eleitores que apoiaram Marina Silva (PV) no primeiro turno estão preocupados com a "frouxidão moral" demonstrada "aqui e ali" e que a ida de Dilma ao segundo turno foi uma "lição de humildade".
O deputado teve sua pré-candidatura abortada pelo PSB no início do ano, por pressão de Lula. Na ocasião, ele disse que Serra era mais preparado do que Dilma e chamou o PMDB de "ajuntamento de assaltantes".
Ontem, após reunião com Lula no Palácio da Alvorada, Ciro disse é preciso dialogar com a parcela do eleitorado que ele identificou como sendo seus apoiadores para mostrar que a candidatura de Dilma representa a continuidade do governo Lula e é a melhor opção.
"[É preciso ter] um diálogo com esse brasileiro maravilhoso, que votou em mim e na Marina, que é classe média que tá zangada com despudores, com essas frouxidões morais aqui e ali, essa simplificação grosseira que a política de SP quer impor ao país de que só existe vida inteligente no PSDB e no PT."
Para Ciro, que se disse "a pessoa que tem talvez a maior intimidade, amizade, carinho e respeito pela Marina [Silva]", a verde deve se manter neutra no segundo turno, mas o PV deve apoiar José Serra (PSDB).
"O PV vai ser cooptado pelo Serra, porque a burocracia do PV já é controlada pelo Serra", disse. O partido faz parte da base que apoiou Serra no governo de São Paulo.
Segundo Ciro, Marina é "digna e tem história", por isso não apoiaria a aliança PSDB-DEM. Entretanto, as "concessões que o PT andou fazendo" também afastam a chance de seu apoio a Dilma.
Ele aproveitou para atacar Serra, disse que ele foi ministro do governo "mais escandaloso que o Brasil já teve."


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