DE BRASÍLIA

Em reunião de emergência com aliados para traçar estratégias para o segundo turno, a presidenciável Dilma Rousseff (PT) apontou três motivos para não ter vencido no primeiro turno, segundo transcrição do encontro publicada no Blog do Noblat, do jornalista Ricardo Noblat.
São eles: a "calúnia" sobre suas posições em relação ao aborto, o vazamento de dados sigilosos de tucanos e os casos de lobby na Casa Civil.
De acordo com o blog, a candidata petista apontou como principal causa, a campanha feita contra ela pela oposição na reta final de campanha eleitoral.
"[A oposição] utilizou falsidades, mentiras e preconceito. Utilizou questões religiosas de valores, a desconstrução da minha campanha, da minha pessoa."

RECEITA
Sobre o vazamento de sigilo de tucanos por servidores da Receita Federal, Dilma disse que "ficou três meses [na imprensa] e agora desapareceu porque ficou caracterizado que havia uma situação em que se tratava de um esquema de corrupção específico da Receita".
E concluiu, ainda de acordo com o blog: "Não contribuiu para ter uma redução na minha campanha, mas para estancar, para paralisar o crescimento a partir de um determinado momento".
Aos governadores, Dilma manteve a estratégia de isolar Erenice Guerra, seu braço direito no governo Lula. "Não dizia respeito a mim nem à minha campanha."
Dilma ouviu conselhos e críticas dos governadores que avaliaram como um dos erros os ataques do presidente Lula e do PT à imprensa.

DESCULPAS
Para Eduardo Campos (PSB), reeleito ao governo de Pernambuco, o PT deve "desculpas" à classe média e precisa se reaproximar dessa parcela do eleitorado, que, de acordo com ele, migrou para Marina Silva (PV).
Sérgio Cabral (PMDB), governador reeleito do Rio, sugeriu que Dilma tenha mais calma para dar entrevistas e propôs uma campanha com "muita humildade, queixo para baixo, fala mansa".


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