São Paulo, sábado, 06 de novembro de 2010

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Haddad diz que IDH pesa mais para emergentes

Novo método prioriza anos médios de estudo

DE BRASÍLIA

O ministro Fernando Haddad (Educação) disse ontem que a nova metodologia do Índice de Desenvolvimento Humano "pesa" mais para países em desenvolvimento.
O "IDH antigo" levava em conta a alfabetização e as matrículas no ensino fundamental, médio e superior.
O novo se baseia nos "anos médios de estudo" (número médio de anos de educação recebidos por pessoas com 25 anos ou mais) e "anos esperados de escolaridade" (anos de escolaridade que uma criança na idade de entrar na escola pode esperar receber).
"O lado duro desse novo IDH, para os países em desenvolvimento, é justamente porque o indicador dá um peso grande para escolaridade de quem tem 25 anos ou mais. E os governos têm muita dificuldade de lidar com esse problema", diz Haddad.
Para o ministro, a variável "anos médios de estudo" trata do passado do sistema de ensino brasileiro, pois avalia as gerações passadas. Já a variável "anos esperados de escolaridade" mostra os esforços recentes feitos pelo país.
Para o Brasil, o relatório com o IDH registrou 7,2 anos médios de estudo e 13,8 anos esperados de escolaridade: "O esforço recente no Brasil foi o maior apurado. O fardo da história está pesando mais do que as perspectivas atuais da educação".
Segundo ele, os problemas para atrair adultos de volta à sala de aula não são de oferta de vagas: "Os relatos que nos chegam é de problemas de demanda e de evasão na educação de jovens e adultos".
Haddad também comentou a declaração de Dilma Rousseff, de que a educação "está muito bem encaminhada": "Ela falou que estava encaminhada, não falou que estava tudo bem", disse.


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