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Haddad diz que IDH pesa mais para emergentes
Novo método prioriza anos médios de estudo
DE BRASÍLIA
O ministro Fernando Haddad (Educação) disse ontem
que a nova metodologia do
Índice de Desenvolvimento
Humano "pesa" mais para
países em desenvolvimento.
O "IDH antigo" levava em
conta a alfabetização e as
matrículas no ensino fundamental, médio e superior.
O novo se baseia nos "anos
médios de estudo" (número
médio de anos de educação
recebidos por pessoas com 25
anos ou mais) e "anos esperados de escolaridade" (anos
de escolaridade que uma
criança na idade de entrar na
escola pode esperar receber).
"O lado duro desse novo
IDH, para os países em desenvolvimento, é justamente
porque o indicador dá um peso grande para escolaridade
de quem tem 25 anos ou
mais. E os governos têm muita dificuldade de lidar com
esse problema", diz Haddad.
Para o ministro, a variável
"anos médios de estudo" trata do passado do sistema de
ensino brasileiro, pois avalia
as gerações passadas. Já a variável "anos esperados de escolaridade" mostra os esforços recentes feitos pelo país.
Para o Brasil, o relatório
com o IDH registrou 7,2 anos
médios de estudo e 13,8 anos
esperados de escolaridade:
"O esforço recente no Brasil
foi o maior apurado. O fardo
da história está pesando
mais do que as perspectivas
atuais da educação".
Segundo ele, os problemas
para atrair adultos de volta à
sala de aula não são de oferta
de vagas: "Os relatos que nos
chegam é de problemas de
demanda e de evasão na educação de jovens e adultos".
Haddad também comentou a declaração de Dilma
Rousseff, de que a educação
"está muito bem encaminhada": "Ela falou que estava
encaminhada, não falou que
estava tudo bem", disse.
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