São Paulo, segunda-feira, 06 de dezembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Tucano quer criar "BNDES da habitação"

Tucano pretende reestruturar a CDHU como parte de estratégia para revitalização do centro da capital paulista

Plano inclui linhas de crédito para compra e construção de imóveis no local e levar órgãos administrativos para lá


DE SÃO PAULO

O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vai reestruturar a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) para moldá-la à semelhança de, em suas próprias palavras, um "BNDES da habitação" no Estado.
A mudança faz parte de estratégia traçada pelo tucano para revitalizar o centro da capital paulista.
O plano tem duas frentes: em uma ponta, o órgão passaria a funcionar como patrocinador de linhas de crédito para aquisição e construção de imóveis no setor.
Na outra, o governo compraria ao menos cinco prédios no centro, para abrigar estruturas da administração que hoje funcionam em imóveis alugados.
Para Alckmin, as duas políticas-a habitacional e a de transferência de órgãos para a região central- devem andar juntas. A intenção é, mudando órgãos públicos para o centro, estimular a aquisição de imóveis na região com linhas especiais de crédito para os servidores públicos.
"A gente vai financiar imóveis para os funcionários perto do trabalho. Aliás eu pretendo fazer a CDHU funcionar muito como um BNDES da habitação, nós vamos usar os recursos do FGTS", detalhou o tucano à Folha.
Alckmin solicitou levantamentos sobre o gasto do Estado com o aluguel de imóveis. Os números já estão na equipe de transição que, agora, inspeciona edifícios, especialmente na rua Boa Vista e na Luz, para aquisição.
Segundo os dados obtidos pela equipe de Alckmin junto ao atual governo, são gastos R$ 133,2 milhões por ano com o aluguel de 700 imóveis- incluindo os utilizados pelo Poder Judiciário- no Estado.
Mas na mira de Alckmin estão órgãos lotados em regiões nobres da cidade, especificamente os das avenida Paulista, alameda Santos e alameda Jaú.
"É lógico que tem casos que não dá para mudar [o órgão] e alguns que são vantajosos. Agora, os órgãos que estão na Paulista, na alameda Santos, Jaú e na Bela Cintra, não têm sentido. Nós vamos trazer para o centro", afirmou Alckmin.
Na primeira vez que dirigiu o Estado, ele teve iniciativa semelhante. Comprou sete prédios na Boa Vista e instalou órgãos do governo no centro. Com isso, trouxe cerca de 3.000 mil servidores para a região, e diminuiu o custo mensal das estruturas que foram realocadas de R$ 1,05 milhão por mês com aluguéis para R$ 300 mil.
(DANIELA LIMA)


Texto Anterior: Tiririca diz ainda não saber "bem" o que deputado faz
Próximo Texto: Cartórios cobram multa indevida de eleitor ausente
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.