São Paulo, sexta-feira, 07 de janeiro de 2011

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Governo criará "PAC" para combate da miséria

Primeiro anúncio da gestão Dilma é reembalagem de programa de Lula

Sem prazo de conclusão, ações serão definidas apenas quando governo estabelecer o conceito de linha de pobreza

SIMONE IGLESIAS
BRENO COSTA

DE BRASÍLIA

No primeiro anúncio de seu governo, a presidente Dilma Rousseff determinou a criação de uma espécie de PAC para combate à miséria.
Ontem, em reunião com 12 ministros, a presidente ordenou a organização do programa de forma que ele tenha metas, prestação de contas, comitê gestor e monitoramento das ações.
A ideia é moldar o projeto exatamente como funciona o Programa de Aceleração do Crescimento -conjunto de obras de infraestrutura, coordenado por Dilma quando ministra da Casa Civil.
O programa foi uma das credenciais de Dilma, chamada de "mãe do PAC" por Lula, à disputa presidencial. Os dados sobre a execução do programa mostram, porém, que, em 2010, o governo não atingiu 70% do previsto para o período.
O "novo PAC", segundo a ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social), atuará em três frentes: inclusão produtiva, ampliação dos serviços sociais e a continuação da ampliação da rede de benefícios. Ela não deu detalhes sobre essas etapas.
Em maio passado, a então presidenciável Dilma afirmou querer reduzir a pobreza no país. "O nosso objetivo é, nesse período 2011-2014, erradicar a miséria do Brasil", disse ela, à época.
O governo, no entanto, não estabeleceu prazo para a conclusão do programa.
Campello disse também que as políticas de transferência de renda, como o Bolsa Família, serão ampliadas e reforçou que a intenção do programa é mais do que simplesmente unificar medidas.
Antes de anunciar ações, o governo terá que definir o conceito de linha de pobreza. Só a partir daí será possível calcular o custo do programa e o universo de pessoas a serem atendidas. A ex-secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Social, Ana Fonseca, que ajudou a criar o Bolsa Família, comandará o programa.


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