|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Governo criará "PAC" para combate da miséria
Primeiro anúncio da gestão Dilma é reembalagem de programa de Lula
Sem prazo de conclusão, ações serão definidas apenas quando governo estabelecer o conceito de linha de pobreza
SIMONE IGLESIAS
BRENO COSTA
DE BRASÍLIA
No primeiro anúncio de
seu governo, a presidente
Dilma Rousseff determinou a
criação de uma espécie de
PAC para combate à miséria.
Ontem, em reunião com 12
ministros, a presidente ordenou a organização do programa de forma que ele tenha
metas, prestação de contas,
comitê gestor e monitoramento das ações.
A ideia é moldar o projeto
exatamente como funciona o
Programa de Aceleração do
Crescimento -conjunto de
obras de infraestrutura, coordenado por Dilma quando
ministra da Casa Civil.
O programa foi uma das
credenciais de Dilma, chamada de "mãe do PAC" por
Lula, à disputa presidencial.
Os dados sobre a execução
do programa mostram, porém, que, em 2010, o governo
não atingiu 70% do previsto
para o período.
O "novo PAC", segundo a
ministra Tereza Campello
(Desenvolvimento Social),
atuará em três frentes: inclusão produtiva, ampliação
dos serviços sociais e a continuação da ampliação da rede
de benefícios. Ela não deu
detalhes sobre essas etapas.
Em maio passado, a então
presidenciável Dilma afirmou querer reduzir a pobreza no país. "O nosso objetivo
é, nesse período 2011-2014,
erradicar a miséria do Brasil", disse ela, à época.
O governo, no entanto,
não estabeleceu prazo para a
conclusão do programa.
Campello disse também
que as políticas de transferência de renda, como o Bolsa Família, serão ampliadas e
reforçou que a intenção do
programa é mais do que simplesmente unificar medidas.
Antes de anunciar ações, o
governo terá que definir o
conceito de linha de pobreza.
Só a partir daí será possível
calcular o custo do programa
e o universo de pessoas a serem atendidas. A ex-secretária executiva do Ministério
do Desenvolvimento Social,
Ana Fonseca, que ajudou a
criar o Bolsa Família, comandará o programa.
Texto Anterior: Análise: "Ciúme" dos próprios informes pode dificultar cooperação Próximo Texto: Governo dá aval a vilarejo irregular em área protegida Índice | Comunicar Erros
|