São Paulo, segunda-feira, 07 de junho de 2010

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Contra Brics, mais armas

Ecoando nos EUA, das agências à "Harper's" e em artigos do próprio autor na "Foreign Policy" e no "Wall Street Journal", "O Fim do Livre Mercado", de Ian Bremmer, da consultoria de risco político Eurasia, saiu finalmente no "New York Times", "Uma guerra por corações e mentes, economicamente falando".
Estatais chinesas e russas e as "rivais americanas", resume o jornal, disputam hoje "corações e mentes de gigantes como Brasil e Índia". E o "maior temor" do autor é que os "Brics negociem mais entre si e deixem os EUA de fora, no frio". Mas "o que fazer?". Segundo o "NYT", Bremmer propõe "que os EUA elevem gastos militares e atuem como a polícia do mundo -o que Bric nenhum está equipado para fazer, ainda".

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O livro, diz o "NYT", vê "nova guerra fria" com os EUA de um lado e os Brics de outro




//EUA VS. BRASIL

Na Reuters, "secretária de Estado inicia viagem à América Latina, buscando suavizar relações apesar de disputa crescente com a potência Brasil". Na France Presse, "turnê por laços maiores de segurança e comércio, apesar da fricção com a potência Brasil".
A americana AP mal cita o Brasil, mas destaca que um assistente de Hillary, Arturo Valenzuela, questionou que "há alguns países que acreditam que Honduras precisa dar mais passos" para voltar à OEA, "o que é uma posição diferente daquela dos EUA". O "NYT", por fim, na reportagem "América Latina está dividida sobre o golpe em Honduras", sublinha a resistência "especialmente do Brasil", mas também do México, "para grande frustração de Washington".

Conselho Os EUA querem votar as sanções ao Irã em duas semanas, no Conselho de Segurança, segundo as agências. E o Huffington Post deu análise sugerindo que Turquia e Brasil trabalhem para "atrasar a resolução apoiada pelos cinco membros permanentes" -o que exigirá que os dois estejam "prontos para enfrentar ameaças dos EUA".

Inquérito Saiu no "Guardian" e ecoou na BBC Brasil a notícia de que os mortos do ataque de Israel ao navio Mavi Marmara "levaram tiros na cabeça, a curta distância". Já é resultado da "investigação turca". Manchete do G1, por outro lado, "Israel rejeita inquérito externo sobre ataque".

Erdogan... O turco "Hurriyet" noticiou declarações amistosas da Casa Branca sobre temas como o ataque de Israel e até o Irã. Já o "Washington Post" e o "NYT" publicaram editoriais agressivos contra o primeiro-ministro Erdogan, por levar a "retórica longe demais", cobrando uma reaproximação. Os nove mortos no ataque de Israel eram turcos.

E Lula Saiu no site tailandês Asia Times o post "Brasil e Coreia do Norte: irmãos em comércio", afirmando que "indícios recentes" apontam o Brasil do "esquerdista Lula" como "aparentemente o maior aliado comercial" norte-coreano. Destaca que o país teria apoiado Carlos Marighela nos anos 60.

//BRASIL VS. EUA

Na cobertura sem fim do vazamento no Golfo do México, o "NYT" destacou a reportagem "Com a paralisação das perfurações, as perdas podem se multiplicar". Em suma, segundo a Associação de Petróleo e Gás de Louisianna, "a maior preocupação é que os proprietários e operadores dos equipamentos acabem cancelando seus contratos e levando as operações -em massa- para as costas da África e do Brasil".
E a "Foreign Policy" postou, com manchete no site, que a "motivação de Lula" no acordo com Turquia e Irã "pode ser bem menos complicada" do que se vem especulando. Para Gal Luft, diretor do Instituto para Análise da Segurança Global, de Washington, a tarifa para importação do etanol brasileiro, nos EUA, estimulou o país a buscar novo mercado: o Irã.

AP/newsstand.com
"THE KING" Em alto de página, o "NYT" marcou seu especial de domingo sobre a Copa com longo perfil de Pelé, ainda "A última palavra num mundo mudado"



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