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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Largada da campanha tem foco no social e confusões
Aglomeração de militantes leva Dilma a cancelar participação em almoço
Serra é recebido com foguetório em Curitiba, ouve coro pró-Dilma e critica ausência da petista em debates
DANIELA LIMA
ENVIADA ESPECIAL A PORTO ALEGRE
DIMITRI DO VALLE
DE CURITIBA
O primeiro dia de campanha oficial dos dois principais candidatos à Presidência da República, José Serra
(PSDB) e Dilma Rousseff
(PT), foi marcado por promessas na área social e confusão nas ruas.
A largada da campanha do
tucano, em Curitiba, combinou improviso, provocação
de eleitores rivais e show pirotécnico. Em discurso, ele
prometeu dobrar o número
de famílias atendidas pelo
Bolsa Família, uma das principais ações sociais do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (leia mais na pág. A9).
A chegada de Serra, acompanhado do candidato a governador do Paraná pelo
PSDB, Beto Richa, foi anunciada por foguetório, com
apoio de um canhão de ar,
equipamento portátil que
lançava confetes e serpentinas sobre a comitiva.
Os primeiros minutos da
caminhada foram tumultuados. Richa e Serra foram cercados por um batalhão de fotógrafos e cinegrafistas.
Quem estava fora do cerco
não podia enxergar o que
acontecia ali dentro.
Mais adiante, Serra subiu
em uma cadeira e, de megafone, agradeceu à multidão.
De um prédio vizinho, enquanto o tucano falava, um
coro começou a gritar "Dilma, Dilma, Dilma". Os simpatizantes em volta do tucano perceberam e responderam em maior número: "Serra, Serra, Serra".
Na coletiva e durante visita a obras sociais da prefeitura, Serra criticou a ausência
de Dilma nos debates.
"O que eu quero mesmo é
poder debater. Se quiserem
ponham [cada um] até numa
gaiola de vidro. Digo isso até
para estimulá-la a debater."
O senador Alvaro Dias
(PSDB), que chegou a ser indicado para vice na chapa de
Serra, não participou dos
eventos. O presidenciável
disse que "circunstâncias políticas" não deixaram que
Dias estivesse em sua chapa.
O candidato tucano gravou também depoimentos
para o horário eleitoral.
ARTEFATO ELEITORAL
Em Porto Alegre, Dilma
buscou reforçar sua ligação
com o governo Lula, tática
traçada por sua campanha.
"Vou ressaltar o meu compromisso com a questão social, que foi e será sempre o
que nos distingue dos nossos
adversários. Não há apenas
diferenças de cores, mas
duas visões de mundo. A
questão social não pode ser
vista como um artefato eleitoral, a ser esquecido e abandonado na primeira oportunidade", disse a petista.
Afirmou, também, que sua
meta é transformar o Brasil
em um país "desenvolvido".
O primeiro dia oficial de
campanha de Dilma teve falhas de organização e um
princípio de tumulto -ela
nem sequer concluiu o último evento da agenda.
Já durante a primeira fala
para a militância petista como candidata oficial ao Planalto, Dilma Rousseff foi interrompida três vezes, sempre por panes no microfone.
Ao final do evento, por
conta da aglomeração de militantes, a ex-ministra deixou
o ato na capital gaúcha e não
participou de um almoço.
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