Se forem eleitos, nove dos mencionados no inquérito que investigam o esquema do DEM terão foro privilegiado

Eles se dizem inocentes; o Tribunal Regional Eleitoral do DF pretende julgar as candidaturas até o dia 5 de agosto

DE BRASÍLIA

Após o escândalo do mensalão do DEM abalar a política do Distrito Federal, pelo menos nove citados no inquérito da Caixa de Pandora, que investiga um esquema de propina no governo José Roberto Arruda, registraram candidatura na Justiça Eleitoral anteontem.
Em comum, os candidatos sofreram uma devassa da Polícia Federal nos últimos meses. Se eleitos, os políticos terão foro privilegiado.
Dos 9 citados no inquérito, 4 são deputados distritais que tentam a reeleição: Benedito Domingos (PP), Benício Tavares (PMDB), Aylton Gomes (PR) e Roney Nemer (PMDB). Todos respondem a processo no Conselho de Ética da Câmara Legislativa do DF e se dizem inocentes.
Ainda no Legislativo distrital, concorrem Pedro do Ovo (PRP), Berinaldo Ponte (PP) e José Luiz Valente (PMDB), ex-secretário de Educação acusado de receber dinheiro desviado.
Pedro do Ovo foi um dos alvos da PF. Policiais tiveram de entrar pela janela de sua casa para fazer valer ordem judicial. O ex-corregedor do governo do DF, Roberto Giffoni, é mais um citado no inquérito Caixa de Pandora que tenta uma vaga na Câmara dos Deputados.
Ele é uma das pessoas mais próximas do ex-governador Arruda, acusado de ser o chefe do mensalão do DEM. Giffoni é investigado pela suspeita de ter recebido pelo menos R$ 280 mil de propina -ele nega.
O deputado federal Augusto Carvalho (PPS) é outro investigado que tenta a reeleição. Ele foi citado em um dos vídeos anexados ao inquérito, mas a empresária que fala em seu nome isentou o deputado de culpa.
O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal pretende julgar até 5 de agosto todas as candidaturas.


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