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Petista já se negou a concorrer por não ter "vocação para urnas"
DA ENVIADA A PORTO ALEGRE
Hoje líder nas pesquisas
de intenção de voto, a candidata à Presidência Dilma
Rousseff (PT) só não fez sua
estreia eleitoral 14 anos antes
por se considerar "sem vocação" para as urnas.
A corrida pelo Planalto é a
primeira disputa da petista a
um cargo eletivo.
Em 1996, quando ainda estava no PDT, ela foi convidada para ser vice na chapa encabeçada pelo hoje deputado
federal Vieira da Cunha
(PDT-RS) na disputa pela
Prefeitura de Porto Alegre.
"Eu queria muito uma mulher de vice. Fui bater na casa
do [Carlos] Araújo [ex-marido de Dilma e liderança do
partido na época]", conta
Vieira, atualmente presidente nacional do PDT.
O então vereador da capital gaúcha achava que Dilma, considerada um quadro
"técnico e intelectual" do
PDT, seria o melhor nome para a chapa.
Ela, que construiu a vida
política no Rio Grande do
Sul, atuava na coordenação
das campanhas do ex-marido e de correligionários, como Alceu Collares.
Feito o convite, Dilma não
pediu tempo para pensar:
"Vieirinha, fico lisonjeada,
mas tu sabes que não tenho
vocação para as urnas", afirmou à época.
O posto de vice acabou
com Jussara Cony, do PC do
B. Raul Pont (PT) venceu as
eleições no primeiro turno,
no terceiro mandato consecutivo petista na cidade.
Em 2004, Vieira escalou a
amiga de Dilma Lícia Peres
como candidata a vice em
nova disputa pela prefeitura.
ANTES DE LULA
O ex-marido de Dilma ri ao
lembrar do episódio. "Ela
nunca se preocupou em concorrer, mas teria todas as
condições", diz. Araújo acha
que sua carreira como deputado e suas candidaturas
atrapalharam as possibilidades eleitorais da ex-mulher.
"São aquelas coisas de casal. Se soubesse, talvez não
tivesse me candidatado tantas vezes", diz ele.
Já Vieira da Cunha, confirmando a boa fase do PDT
com sua ex-filiada, brinca:
"O partido enxergou o potencial de Dilma 14 anos antes
de Lula".
(AF)
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