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Procurador do DF vai permanecer no cargo
Bandarra é acusado de participar de fraude
FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA
O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público)
negou ontem pedido de afastamento do procurador-geral
de Justiça do DF, Leonardo
Bandarra, acusado de ter recebido mais de R$ 1,6 milhão
do mensalão do DEM.
Por 7 votos a 5, o órgão
abriu processo disciplinar
contra Bandarra, mas vai
mantê-lo à frente do Ministério Público do DF, que investiga o mensalão do DEM.
No órgão, a punição máxima é uma aposentadoria forçada. Todos os conselheiros
concordaram que os indícios
contra Bandarra são "graves", mas não consideraram
a suspeita suficiente para
afastá-lo.
"O afastamento só pode
ser feito com provas. A situação é grave, mas ainda são
indícios", disse o conselheiro
Claudio Barros.
A decisão contrariou o pedido do corregedor nacional
do Ministério Público, Sandro Neis, que defendeu o
afastamento enquanto durassem as investigações.
"Pensamos não ser possível a permanência dos investigados nos cargos que ocupam, devendo ser afastados
até que as graves suspeitas
sejam elucidadas", afirmou o
corregedor.
De acordo com o delator
do mensalão do DEM, Durval
Barbosa, Bandarra recebeu
do esquema R$ 1,6 milhão,
além de mesada de R$ 150
mil, para impedir que os contratos sem licitação para a coleta de lixo fossem investigados. Ele nega as acusações.
Segundo a advogada de
Bandarra, ele é vítima de
uma injustiça. "Isso é uma
história contada por um criminoso, um delinquente",
disse Ângela Baeta Neves.
"Não há prova nenhuma."
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