São Paulo, terça-feira, 08 de junho de 2010

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Procurador do DF vai permanecer no cargo

Bandarra é acusado de participar de fraude

FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA

O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) negou ontem pedido de afastamento do procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bandarra, acusado de ter recebido mais de R$ 1,6 milhão do mensalão do DEM.
Por 7 votos a 5, o órgão abriu processo disciplinar contra Bandarra, mas vai mantê-lo à frente do Ministério Público do DF, que investiga o mensalão do DEM.
No órgão, a punição máxima é uma aposentadoria forçada. Todos os conselheiros concordaram que os indícios contra Bandarra são "graves", mas não consideraram a suspeita suficiente para afastá-lo.
"O afastamento só pode ser feito com provas. A situação é grave, mas ainda são indícios", disse o conselheiro Claudio Barros.
A decisão contrariou o pedido do corregedor nacional do Ministério Público, Sandro Neis, que defendeu o afastamento enquanto durassem as investigações.
"Pensamos não ser possível a permanência dos investigados nos cargos que ocupam, devendo ser afastados até que as graves suspeitas sejam elucidadas", afirmou o corregedor.
De acordo com o delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, Bandarra recebeu do esquema R$ 1,6 milhão, além de mesada de R$ 150 mil, para impedir que os contratos sem licitação para a coleta de lixo fossem investigados. Ele nega as acusações.
Segundo a advogada de Bandarra, ele é vítima de uma injustiça. "Isso é uma história contada por um criminoso, um delinquente", disse Ângela Baeta Neves. "Não há prova nenhuma."


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